Enfrentando um dos maiores desastres naturais do Brasil, famílias gaúchas têm vindo para Santa Catarina buscar abrigo. No Estado, estão sendo acolhidas pela Assistência Social em questões relacionadas a abrigos, encaminhamentos de documentação, benefícios eventuais e até para o mercado de trabalho.
Para ter números mais exatos e levantar que tipo de auxílio necessitam, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS) está mapeando as famílias que estão migrando do Rio Grande do Sul para Santa Catarina.
“Com base nesse mapeamento o Governo do Estado estuda a possibilidade de lançar um programa voltado especificamente a esses atendimentos, inclusive com auxílio para os municípios para eles prestarem esse acolhimento da melhor forma”, explica a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann.
A cidade de São João do Sul, por exemplo, já cadastrou mais de 100 gaúchos que vieram em virtude das cheias. Marli da Rocha Nunes, 68 anos, é uma delas. A moradora do bairro Mathias Velho, em Canoas, foi resgatada de barco junto com o filho deficiente e o marido, e perdeu tudo que tinha. Foi então que resolveu deixar o estado gaúcho e ir para a casa da irmã que mora em São João do Sul.
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Rogério da Rosa, 49 anos, é filho de Marli e diz que a família viveu momentos de desespero “A mãe não acreditava que a água ia chegar na casa e depois ficou desesperada. Depois tivemos que ser resgatados. Pegaram a gente de sopetão num barco e fomos levados para um abrigo. Não conseguimos pegar nada, foi tudo muito rápido. Eu vi a morte de perto, mas estamos todos vivos”, desabafa.
A assistente social de São João do Sul, Mara Elenir Vefago, explica que a demanda tem aumentado bastante e as famílias que estão migrando, de modo geral, já são de pessoas de baixa renda e que precisam de ajuda. “Todo dia estão chegando pessoas. Muitos vão para a casa de familiares, mas todos precisam de roupas, colchões, cobertas e alimentos. Aqui estamos fazendo todos os encaminhamentos necessários”, disse.
Outra cidade recebendo muitos gaúchos é Passos de Torres, que já acolheu 50 famílias, totalizando 89 pessoas entre crianças, adultos, idosos e pessoas com deficiência. “São pessoas que precisam de tudo, roupas, calçados, cobertores, materiais de higiene. Também estamos tentando auxiliar nas questões de documentação”, informa a assistente social, Ana Paula Cardoso.
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