Ex-assessor de Bolsonaro afirma à PF não se lembrar de reunião sobre tentativa de golpe

15 mar 2024 – Notícias / Política

Tercio Arnaud Tomaz teve sua página no Facebook excluída. Antes, tinha foto com o presidente Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução/DFRLab

Tércio Arnaud, ex-assessor especial da Presidência durante o governo Bolsonaro, declarou à Polícia Federal (PF) não recordar da reunião entre o ex-presidente e ministros ocorrida em 5 de julho de 2022. Essa afirmação consta em seu depoimento colhido pela PF no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado para invalidar as eleições de 2022. O documento teve o sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta sexta-feira (15).

Apesar de ser alertado de que a PF havia identificado sua presença na reunião por meio de registro em vídeo encontrado no computador do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, Arnaud disse não lembrar “especificamente” do encontro.

“O declarante não recorda especificamente dessa reunião e por isso não consegue dar respostas sobre as circunstâncias que envolveram esse evento”, afirma o relatório da PF.

Quando questionado se teria cumprido a ordem de Bolsonaro para divulgação de notícias falsas sobre Lula e o processo eleitoral, Arnaud manteve seu posicionamento, alegando que, como não se recorda da reunião, não cumpriu a determinação do então presidente.

Tércio Arnaud Tomaz, natural da Paraíba e ex-assessor de Bolsonaro, considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”, foi um dos alvos da operação deflagrada pela PF em 8 de fevereiro para investigar suspeitos por tentativa de golpe de Estado no país e invalidação das eleições de 2022.

Segundo informações de Isabela Leite, do blog Andréa Sadi, o paraibano estava com Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, quando teve seu aparelho apreendido.

O POVO PB

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