Plenário e CDH aprovam projetos sugeridos pelo Programa Jovem Senador

Nesta quarta (8), a Sugestão Legislativa 11/2022, oriunda do Programa Jovem Senador e Jovem Senadora Brasileiros, foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e será convertida em projeto de lei. Com relatório favorável da senadora Augusta Brito (PT-CE), o texto institui diretrizes para a conservação e a recuperação da fauna e da flora do país. A proposta também aumenta as penas para crimes contra espécies ameaçadas. 

— Lembrar que todo ano temos esse programa aqui no Senado. Ontem aprovamos um projeto essencial, passou pelas comissões e pelo Plenário, projeto de educação integral. Veio do grupo de jovens senadores e senadoras. Parabéns para o grupo pela renovação política — disse o senador Flavio Arns (PSB-PR) , que exaltou o programa. Além de membro da CDH, Arns é presidente da Comissão de Educação e Cultura do Senado. 

Dose dupla    

O senador referiu-se ao projeto de lei (PLS 756/2015), aprovado pelo Plenário na terça-feira (12) e também originalmente apresentado no programa, mais conhecido como Jovem Senador. O texto cria regras para o ensino em tempo integral na educação básica brasileira e determina que a escola de tempo integral deve manter o aluno em atividades por, no mínimo, sete horas por dia. O projeto foi à Câmara dos Deputados.

O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto de resolução que criou o programa (RES 42/2010) comemorou a aprovação no Plenário. Ele explicou que o texto aprovado em plenário foi apresentado pelos estudantes ainda no ano de 2014, na terceira edição do programa — que chega à 12ª edição neste ano. 

— O projeto foi apresentado pelas jovens senadoras Ana Paula Mendes de Oliveira Medrado, Elide Andressa de Andrade Rodrigues Severo, Maria Caroline da Silva Wiciuk e Nataly Gonzaga Prestes e pelo jovem senador Mateus Valle Sottani de Souza. Eles construíram esta versão tão importante da educação por tempo integral que está na pauta no dia de hoje — exaltou.

O programa Jovem Senador soma agora sete projetos aprovados pelo Senado e enviados à Câmara dos Deputados. 

O Jovem Senador

Criado em 2011, o programa é realizado todos os anos, com interrupção apenas no período da pandemia de covid-19. A seleção dos participantes ocorre por meio de um concurso de redação realizado em parceria com as secretarias estaduais de educação, que mobiliza escolas, professores e alunos do ensino médio. Os autores das melhores redações de cada estado e do Distrito Federal se tornam os jovens senadores e senadoras do ano. Eles são convidados a vivenciar uma simulação da prática legislativa parlamentar durante uma semana no Senado. Na ocasião, os jovens têm a oportunidade de debater, votar e apresentar um projeto, que é encaminhado à CDH como sugestão legislativa. 

O tema da redação deste ano é “Os duzentos anos do Senado e os desafios para o futuro da democracia” e as inscrições vão até 30 de abril. Para participar, o interessado deve ser aluno de escola pública estadual, ter até 19 anos de idade e fazer a redação na própria escola.  A semana legislativa — quando os alunos selecionados virão a Brasília — deve se realizada entre 5 e 9 de agosto. 

Ao final da vivência legislativa do Programa Jovem Senador, os estudantes apresentam uma sugestão legislativa. A proposta é votada pela Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH) e, se for aceita, começa a tramitar como projeto de lei do Senado (PLS) de autoria do colegiado. Desde que foi criado, o Jovem Senador reverteu 45 sugestões legislativas em projetos.

e-Cidadania

O Jovem Senador não é a única forma de sugerir um projeto de lei à Casa. Qualquer cidadão também pode recorrer à Ideia Legislativa, no portal e-Cidadania. Pela ferramenta, a sugestão que obtiver 20 mil apoiamentos em quatro meses é encaminhada para votação na CDH. Se for aprovada, ela começa a tramitar como projeto de lei. 

Pelo portal, além de apresentar ideias, qualquer pessoa também pode opinar sobre os projetos já existentes que tramitam na Casa. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Fonte: Senado Federal

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