Pesquisadores da UFSC estudam novas espécies de canela-de-velho na Amazônia

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Nacional da Mata Atlântica vêm estudando duas espécies de plantas da mesma família e gênero da famosa canela-de-velho (Miconia albicans), muito utilizada no tratamento das dores decorrentes de artroses e artrites, devido às suas propriedades anti-inflamatória e analgésica. As plantas foram encontradas nos últimos anos na floresta Amazônica e descritas em dois artigos publicados na revista científica Phytotaxa: “Miconia macuxi (Miconieae, Melastomataceae): a new species from the Amazonian white sand vegetation” foi publicado em 2015, e “Miconia waimiri-atroari (Miconieae, Melastomataceae): a new species from the Brazilian Amazon Forest“, em 2021.

Após o estudo de várias coleções de plantas no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, os autores descreveram as espécies Miconia macuxi e Miconia waimiri-atroari, que ocorrem em vegetações associadas à floresta Amazônica. De acordo com os pesquisadores, embora ainda não se saiba se as novas espécies tenham as propriedades da canela-velha do Cerrado, é uma importante descoberta da biodiversidade brasileira que poderá fornecer alternativas futuras de recursos genéticos e farmacológicos para a sociedade.

Miconia macuxi. Foto: Gustavo Shimizu.

Participaram da descoberta a professora do Departamento de Botânica da UFSC, Mayara Krasinski Caddah, a pesquisadora do Instituto Nacional da Mata Atlântica Julia Meirelles, e os pesquisadores Mariana Furlan Sartor, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC e Rennan Lopes Chagas, mestre pelo PPGFAP da UFSC.

Dentre as plantas com flores, a Miconia em seu senso lato é o mais diverso da América do Sul, com quase duas mil espécies. De acordo com os pesquisadores, foi preciso muito tempo e recurso para distinguir uma nova espécie no meio de tanta diversidade.



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