O Senado da Itália aprovou nesta quinta-feira (15) o Decreto 36/2025, que restringe o direito à cidadania italiana a apenas filhos e netos de cidadãos italianos já reconhecidos. A proposta é de autoria do governo de direita da primeira-ministra Giorgia Meloni.
O texto ainda precisa ser votado na Câmara dos Deputados até o dia 27 de maio. Caso contrário, perderá a validade. Por isso, lideranças cogitam o uso do mecanismo do voto di fiducia, que força a base a votar o projeto em bloco.
A nova regra afeta diretamente milhões de descendentes de italianos no Brasil, especialmente aqueles que são bisnetos ou trinetos de imigrantes, como é o caso da maioria dos ítalo-brasileiros. Só no Rio Grande do Sul a estimativa é de que 4 milhões de pessoas teriam direito a cidadania, e agora terão essa possibilidade inviabilizada. Também ficam de fora pessoas cujos ascendentes italianos adquiriram outra cidadania durante a vida, como a brasileira.
Em 2025, celebra-se o 150º aniversário da imigração italiana no Rio Grande do Sul, com o marco principal sendo o dia 20 de maio, quando, em 1875, os primeiros italianos chegaram a Nova Milano (atual distrito de Farroupilha)
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