Previsões trazem medo para população da região Sul do Estado

Especialistas da MetSul Meteorologia alertam para a iminência de enchentes graves no sul do Rio Grande do Sul até o final desta semana, particularmente afetando as cidades de Pelotas e Rio Grande. Há uma possibilidade real de que as Lagoas dos Patos e Mirim se fundam, formando um grande corpo d’água, de acordo com os meteorologistas.

Essas enchentes são resultado do transbordamento da Lagoa dos Patos, alimentada por vários rios, incluindo o Guaíba, que já alcançou um recorde de altura em Porto Alegre. “Todos os rios que deságuam na Lagoa tiveram enchentes recorde ou históricas”, alerta a equipe da MetSul.

Prevê-se que as águas atinjam áreas de Pelotas que nunca antes foram inundadas, incluindo o centro da cidade, com inundação severa a extrema em alguns pontos, conforme ressaltado pela MetSul.

Na manhã de quarta-feira (8), o nível da Lagoa dos Patos em Pelotas estava registrado em 2,10 metros.

Em face da iminência de fortes chuvas e enchentes, os moradores de Pelotas estão deixando áreas de risco identificadas pela Defesa Civil. A Prefeitura mapeou várias regiões vulneráveis, como Colônia Z3, Laranjal, Pontal da Barra, partes do Centro e do Porto, Simões Lopes, Charqueadas e Vila Assunção.

Embora o nível da Lagoa dos Patos tenha apresentado uma ligeira queda em relação à noite anterior, as mudanças na direção do vento a partir da noite de quarta-feira podem agravar a situação.

Mais de 400 pessoas já foram abrigadas em quatro abrigos municipais, e estão previstos mais três abrigos, incluindo um para famílias com membros com deficiência.

Além disso, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a única na cidade, está localizada em uma área de risco e suspendeu os atendimentos nesta quarta-feira. A partir de quinta-feira (9), os serviços serão transferidos para o Campo Saúde da Universidade Católica de Pelotas. As aulas na rede municipal também foram suspensas, pelo menos, até sexta-feira (10).

A Secretaria de Assistência Social está recebendo doações de kits de higiene, colchões, cobertores, lençóis e travesseiros. Roupas não são necessárias no momento. Moradores que precisarem de assistência para retirar móveis podem entrar em contato pelo telefone 153.

As autoridades locais enfatizam a importância de seguir as orientações e evacuar as áreas de risco, a fim de evitar tragédias, como as ocorridas em outras regiões afetadas pelas fortes chuvas nos últimos dias.

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