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A novela em torno do controle do grupo Toky, dona da Mobly e Tok&Stok, chega à Justiça e órgãos de controle. Nesta terça-feira, 22 de abril, o Conselho de Administração da companhia autorizou o envio de série de documentos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que mostram um suposto conluio entre a família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, e a Home24, controladora da Mobly.
Pela manhã, a empresa já havia divulgado fato relevante indicando providências tomadas para apurar as possíveis irregularidades descobertas. No documento enviado ao Cade, a diretoria executiva da Toky apresentada trocas de mensagens entre a família Dubrule e representantes da alemã XXXLutz, controladora da Home24.
Nos materiais, nos quais o NeoFeed teve acesso, a família já teria realizado pagamentos de 5 milhões de euros à empresa, fora do Brasil, sem que isso fosse comunicado aos demais acionistas e reportado ao mercado.
Pelo documento, a transação que asseguraria a volta do controle da companhia aos fundadores foi sacramentada no dia 13 de novembro de 2024, quase cinco meses antes do pedido de Oferta Pública de Ações (OPA), protocolado na semana passada.
A ação no Cade visa a impedir que seja realizada reunião em 30 de abril, que iria analisar a OPA, a R$ 0,68 por ação, que significaria uma desvalorização de cerca de 50% dos papéis. Os documentos também foram encaminhados à Justiça comum e ao Ministério Público Federal.
Fonte ouvida pelo NeoFeed afirma que o caso pode ser enquadrado como crime financeiro. “Em 30 anos de atuação nessa área de M&As, nunca vi algo parecido, e que pode prejudicar demais os demais acionistas”, afirmou.
Em nota enviada ao NeoFeed, a família Dubrule nega qualquer irregularidade. “Tudo o que temos a dizer no momento é que nossa OPA está obviamente mantida. A família Dubrule lamenta a campanha infundada, desesperada e sem quaisquer limites éticos movida pela administração da Toky.”
As ações da Mobly na B3 fecharam em alta de 10,58% nesta terça-feira. No acumulado do ano, os papeis da companhia tiveram desvalorização de de 23,33%. A Mobly está avaliada em R$ 141,8 milhões.
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Neofeed