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Após dois meses e meio interditada, a Rua Radialista Antônio Assunção de Jesus, em João Pessoa, teve o seu tráfego liberado na manhã de ontem. O trecho consiste na principal ligação entre os bairros Portal do Sol e Bancários e estava intransitável desde 28 de janeiro, quando uma chuva intensa provocou um deslizamento de terra no local. Quase completas, as obras de requalificação são conduzidas pela Cosampa, empresa responsável, originalmente, pela construção da via, enquanto o Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB) fiscaliza o trabalho.
“Tivemos volumes excessivos de chuva, que fizeram o rio [Timbó] transbordar e provocar a erosão. Com isso, houve o deslocamento de um bueiro, que saiu, em um efeito dominó, puxando as aduelas — e não só as aduelas das extremidades, mas todo o corpo do bueiro”, relata Orlando Soares, diretor de Operações do DER-PB. De acordo com ele, a intervenção não gerou custos para a administração estadual, já que o contrato com a Cosampa previa uma garantia de cinco anos, aplicável a situações como a ocorrida em janeiro.
Para tornar a via trafegável novamente, foi necessário reconstruir o bueiro, implantar novas defensas metálicas, refazer a pavimentação asfáltica e a sinalização horizontal, além de melhorar o sistema de drenagem superficial. Orlando explica que alguns fatores relacionados às características geográficas do local tornaram a obra mais desafiadora. “O trecho não tinha muito espaço para trabalhabilidade e ainda choveu, nesse período, então a gente precisou dar uma segurada. Também tivemos que fazer um corta-rio [escavação destinada a alterar provisoriamente o traçado do curso d’água]”, acrescenta.
A última etapa a ser concluída é a de reposição dos gradis, material de proteção da rua, que foram furtados. Segundo o diretor do DER-PB, apesar dessa pendência, o trajeto já está seguro para os motoristas e preparado para suportar as condições meteorológicas convencionais. “Existem chuvas e chuvas. Algumas delas vêm fora da realidade. E, como ali é um trecho íngreme e de muita declividade, se a drenagem da parte superior [do rio] não trabalhar bem, o reflexo vai ser lá embaixo. Mas nós corrigimos tudo o que podia ser corrigido na via, com base no que foi detectado, inclusive na parte da drenagem”, garante Orlando.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 15 de abril de 2025.
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A União