14/4 – Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil 2025

 

O Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil é uma data comemorativa em saúde instituída pela Lei nº 14.936/2024 com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos enfrentados pelas crianças em relação aos afogamentos.

O afogamento é uma das principais causas de mortalidade infantil em vários países, estando entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo para crianças de 5 a 14 anos. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 1.480 crianças morreram afogadas no Brasil em 2019.

A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) estima que ocorram 15 mortes por dia por afogamento – o que significa um brasileiro morrendo afogado a cada 90 minutos.

A região Norte do país concentra a maior taxa de mortalidade por essa causa. Além das mortes, o afogamento constitui importante causa de morbidade: sequelas neurológicas, como estado vegetativo persistente ou tetraplegia espástica, ocorrem em 5-10% dos casos de afogamento na infância.

 

O afogamento pode ser conceituado como a entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), causada por afundamento ou mergulho. Provoca falta de oxigênio no sangue afetando todos os órgãos e tecidos. Sobrevivendo ou não, o indivíduo será considerado como vítima de um episódio de afogamento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) chama a atenção para a importância da conscientização sobre o problema, como uma questão de saúde pública, lembrando às pessoas que qualquer um pode se afogar, mas que ninguém deveria.

A OMS coordena ações dentro do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) e elenca seis intervenções de prevenção de afogamento, de baixo custo, baseadas em evidências e que países e organizações podem usar para reduzir drasticamente o risco desse acidente. As medidas incluem:

– Instalar barreiras que controlem o acesso à água;
– Construir creches para crianças em idade pré-escolar e outras instituições de cuidados infantis seguras, longe da água;
– Ensinar natação, segurança na água e habilidades de resgate;
– Fazer treinamentos em resgate e ressuscitação seguros;
– Definir e fazer cumprir os regulamentos de navegação segura;
– Melhorar a gestão do risco de inundação.

 

De acordo com a Sobrasa, crianças menores de 9 anos, que não sabem nadar, se afogam mais em piscinas e residências, enquanto que as de 4 a 12 anos, mesmo que saibam nadar, estão suscetíveis a estes incidentes devido à sucção das bombas das piscinas. Ao contrário do que muitos pensam, crianças se afogando não acenam ou gritam por socorro, e parecem estar brincando na água.

A Sociedade destaca, ainda, que 55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em piscinas e residências, enquanto crianças acima de 10 anos e adultos enfrentam maiores riscos em águas naturais, como rios, represas e praias.

 

Cinco atitudes que podem prevenir 95% dos acidentes em piscinas:

– Supervisionar constantemente: A chave para evitar tragédias é nunca deixar crianças sozinhas perto de piscinas ou corpos d’água;
– Responsabilidade sem salva-vidas: Em locais sem salva-vidas, todos são responsáveis por garantir a segurança;
– Conhecimentos de urgência: Estar ciente de como agir rapidamente é vital;
– Cercar e proteger: Instalar cercas seguras ao redor de piscinas para bloquear o acesso direto;
– Prevenção de sucção: Utilizar ralos com tampa contra a sucção de cabelos;
– Esvaziar banheiras, baldes, bacias, tampar poços, fechar a tampa do vaso sanitário e tomar cuidado com bueiros.

 

A ação imediata pode salvar vidas:

Quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é acionado em casos de afogamento infantil, a agilidade é fundamental. Com equipes treinadas é possível avaliar rapidamente a situação e obter informações sobre o estado da vítima e a extensão da exposição à água.

É essencial que os pais forneçam informações claras e precisas ao ligar para o SAMU, incluindo a localização exata do incidente, a idade da criança e quaisquer detalhes sobre a duração do afogamento. Essas informações ajudam a equipe a preparar-se adequadamente para a intervenção.

 

Fontes:

Agência Senado
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)
Instituto Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil (PENSI)
Manual de Emergências Aquáticas (Sobrasa)

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