
Influenciadora de 15 anos usou as redes para denunciar o caso, conscientizar seus seguidores e reforçar mensagens de fé, respeito e autoestima. Polícia investiga caso de preconceito contra jovem com nanismo de Niterói
Vítima de um episódio de capacitismo em Niterói, Região Metropolitana do Rio, Caroline Queiroz tem mais de 3 milhões de seguidores, espalhados por várias redes sociais. Aos 15 anos, a influenciadora conhecida como “Gatinha das Artes” costuma postar vídeos em que compartilha sua rotina com amigos, a família, a escola e sua fé.
Além de conteúdos de entretenimento, como dublagens, tutoriais de maquiagem e vídeos interativos, Caroline também compartilha momentos de espiritualidade. Fala com frequência sobre Deus e sobre como a fé faz parte da sua rotina com leveza. O canal é administrado pela mãe da adolescente.
Caroline, que tem nanismo, denunciou à polícia uma situação que passou com adolescentes em Icaraí, bairro da Zona Sul de Niterói. Um dos rapazes pulou por cima dela enquanto ela caminhava pela Avenida Jornalista Francisco Alberto Torres. A cena foi filmada por outro adolescente e divulgada nas redes sociais.
Caroline Queiroz denunciou situação de capacitismo em Niterói
Reprodução
Diante do constrangimento, ela e a mãe, Michelle Sant’Anna, registraram o caso na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
A polícia investiga o episódio como ato infracional análogo ao crime de preconceito. Os responsáveis ainda não foram identificados, e a apuração segue sob sigilo.
Mesmo após o episódio, Caroline segue ativa nas redes sociais. No Instagram e no TikTok, fala sobre temas como autoestima, moda, religião e estilo de vida. Em um vídeo postado após o ocorrido, a influenciadora deixou uma mensagem.
“Eu acho que esse tipo de assunto precisa ser falado, pra não ser cometido novamente, porque as pessoas estão realmente muito sem noção e perderam completamente o senso do que é certo, do que é errado, do que é engraçado e o que não é. Eu queria divulgar o que aconteceu e esclarecer essa situação extremamente constrangedora e vergonhosa”, disse.
Caroline Queiroz registrou o caso de capacitismo na Decradi
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