Dólar cai para menor valor em cinco meses

O mercado financeiro teve mais um dia de alívio nesta quarta-feira (19), com o dólar comercial recuando para o menor valor em mais de cinco meses e a bolsa de valores registrando alta. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,647, com queda de 0,43%, enquanto o índice Ibovespa subiu 0,79%, atingindo os 132.508 pontos, o maior nível desde 2 de outubro.

A cotação do dólar operou próxima da estabilidade pela manhã, mas caiu com força no período da tarde, chegando à mínima de R$ 5,63 por volta das 16h.

No entanto, o ritmo de queda diminuiu com a ação de investidores que aproveitaram a baixa para comprar moeda estrangeira. Esse foi o sétimo pregão consecutivo de desvalorização da divisa, que já acumula uma queda de 8,58% em 2025, sendo 3,52% apenas nas últimas sete sessões.

O Ibovespa acompanhou a recuperação das bolsas norte-americanas, que voltaram a subir após vários dias de queda. O desempenho do mercado foi influenciado pela expectativa em torno das decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos.

O Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, manteve as taxas de juros, o que levou à queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e impulsionou a desvalorização global do dólar.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, após o fechamento do mercado, a elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano. A decisão já era amplamente esperada pelos investidores, uma vez que o próprio BC havia sinalizado um aumento de 1 ponto percentual.

O foco do mercado agora se volta para o comunicado do Copom sobre a próxima reunião, prevista para maio, em que a instituição indicou uma nova alta, mas em menor intensidade que as anteriores. A repercussão dessa sinalização deve influenciar os negócios no pregão desta quinta-feira (20).

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