Ricardo Cappelli acusa Eduardo Bolsonaro de articular ofensiva de big techs contra Brasil em 2026

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça-feira (18) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu permanecer nos Estados Unidos para organizar uma ofensiva das big techs contra o Brasil nas eleições de 2026.

“O bananinha foi para os EUA? O óbvio todos sabemos, é frouxo. A questão importante é que ele foi para organizar a ofensiva das big techs contra o Brasil em 2026. Delírio? Converse com gente séria que monitora o tráfego nas redes. Pergunte o que aconteceu em 2018 e 2022”, escreveu Cappelli na rede social X (antigo Twitter).

A acusação ocorre no momento em que o governo Lula tenta aprovar novas regras para regular as plataformas digitais e combater a disseminação de desinformação.

No mesmo dia, Eduardo Bolsonaro divulgou um vídeo anunciando que se licenciará temporariamente da Câmara dos Deputados e permanecerá nos EUA. Segundo ele, sua intenção é buscar “sanções aos violadores de direitos humanos” e punições contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e contra a Polícia Federal (PF).

Sua permanência nos Estados Unidos ocorre mesmo após o STF negar um pedido para apreender seu passaporte. O requerimento foi apresentado pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), sob a alegação de que Eduardo estaria “trabalhando contra os interesses nacionais para constranger o Supremo Tribunal Federal”. A solicitação foi rejeitada por Moraes na terça-feira (18).

Apesar da decisão favorável, Eduardo Bolsonaro afirmou que “não há a mínima possibilidade” de retornar ao Brasil no momento.

A declaração de Ricardo Cappelli reforça a preocupação do governo com a influência das redes sociais nas eleições de 2026. Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva temem que Eduardo Bolsonaro atue nos bastidores para articular uma resistência internacional contra projetos de regulação de plataformas digitais no Brasil.