US$ 3,2 bilhões para cada um: os quatro fundadores da Wiz que vão receber essa montanha de dinheiro

Siga @radiopiranhas

Os quatro fundadores da empresa israelense de cibersegurança Wiz, adquirida nesta terça-feira, 18 de março, pela Alphabet, controladora do Google, por US$ 32 bilhões, nasceram no início da geração Y, em que a tecnologia sempre fez parte de suas vidas. São os nativos digitais.

O mais velho é o vice-presidente de produtos Yinon Costica, com 42 anos. O CTO Ami Luttwak tem 41 anos, um a mais do que o CEO Assaf Rappaport. O mais novo é Roy Reznik, vice-presidente de P&D, com 36 anos. Com exceção de Rappaport, que mora em Nova York, os demais vivem em Tel Aviv.

Eles se conhecem desde o tempo em que cumpriram o período de alistamento no exército de Israel. Integraram a Unit 8200, área das forças armadas que atua justamente na área de segurança cibernética.

Na empresa de tecnologia, cada um tem 10% de participação. Isso significa que, com a venda, os sócios devem embolsar US$ 3,2 bilhões em cash e triplicar o patrimônio. Mas os impostos deverão morder uma parte dessa fortuna. Os que moram na capital israelense terão de pagar 25% de imposto de capital, e ainda uma sobretaxa de 3%.

Todos integram a mais recente lista de bilionários da Forbes, divulgada em 2024, com fortuna pessoal estimada de US$ 1,2 bilhão de cada um. No fim do ano passado, ocupavam a posição 2.692 entre os bilionários do mundo. Com valores atualizados, estão hoje na posição 2.533 do ranking global. Isso para os fundadores de uma empresa que tem apenas cinco anos.

A Wiz, no entanto, não foi o primeiro negócio criado pelo grupo israelense e que resultou em uma grande negociação. Em 2015, os quatro venderam a Adallom, que tinha sido criada em 2012, para a Microsoft, em 2015, por US$ 320 milhões. O atual CEO da Wiz chegou a ocupar a função de gerente da gigante de tecnologia em Israel.

Quando o Google foi fundado, em 1998, Rappaport tinha 13 anos. Agora, com a aquisição, o cofundador deve ter um papel relevante na big tech, justamente na área de cloud do Google.

Justamente no momento em que Israel vive um período de tensões e conflitos desde outubro de 2023, quando o Hamas realizou ataques contra civis, o acordo tem sido celebrado no país como um sinal do reconhecimento da potência tecnológica local.

A compra da Wiz foi o maior negócio envolvendo uma empresa de tecnologia israelense desde que a Intel comprou  a desenvolvedora de sistemas avançados Mobileye, por US$ 15,3 bilhões, em 2017.

E não são apenas os quatro fundadores que vão faturar alto com a venda da Wiz. Até pouco tempo, o fundo de segurança cibernética Cyberstarts tinha 10% da capital da empresa, mas vendeu 5% por US$ 85 milhões. A Sequoia Capital, com gestores como Index Ventures e Insight Partners, participou da rodada Série A e de outras fases de captação.

A última rodada, realizada em maio de 2024, foi liderada por Andreessen Horowitz, Lightspeed Venture Partners e Thrive Capital, com participação da Greylock, Wellington Management e os já investidores Cyberstarts, Greenoaks, Howard Schultz, Index Ventures, Salesforce Ventures e Sequoia Capital. Naquela ocasião, a empresa foi avaliada em US$ 12 bilhões.

O plano inicial do quarteto não era vender a empresa e sim prepará-la para abertura de capital. Em julho, a Wiz havia declinado de uma proposta de aquisição da própria Alphabet de US$ 23 bilhões. A preocupação estava justamente nas ações antitruste de órgãos reguladores.

Rappaport chegou a dizer que não queria que a empresa fosse absorvida por uma gigante de tecnologia. Mas uma proposta na mesa com um acréscimo de 39%, ou US$ 9 bilhões de dólares a mais, apenas oito meses depois da primeira investida, mudou todo o jogo.

source
Fonte
Neofeed

Adicionar aos favoritos o Link permanente.