Greve dos professores inicia hoje em Santa Catarina

A partir de hoje, os professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina iniciam uma greve em protesto à falta de atendimento às suas reivindicações pelo Governo do Estado. A decisão foi tomada por mais de 5 mil trabalhadores reunidos em frente à Assembleia Legislativa, na Praça Tancredo Neves, no dia 4 de abril. O Coordenador Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), Professor Evandro Acadroli, destacou que a greve foi aprovada por unanimidade devido à ausência de propostas satisfatórias do governador Jorginho Mello (PL).

As demandas dos professores incluem um reajuste salarial, já que os salários estão congelados desde 2021, além da necessidade de realização de concurso público para suprir as demandas das escolas. Eles também buscam a garantia do terço de hora atividade para todos os profissionais, assim como a retirada dos 14% de desconto dos aposentados.

O movimento está sendo organizado nas 30 regionais do estado, com concentrações em grandes escolas e mobilização dos professores grevistas para ampliar a adesão à paralisação. O objetivo é pressionar o governo a apresentar uma proposta que atenda às demandas da categoria.

Na tarde desta terça-feira (23), os profissionais das escolas da regional de Joaçaba se reunirão para uma grande concentração na praça da cidade, em frente à prefeitura, em apoio à greve.

Escolas

No município de Ouro as aulas da rede ocorrem normalmente. No entanto, a Escola de Educação Básica Silvio Santos terá cerca de 18 profissionais aderindo à paralisação, enquanto na Escola de Educação Básica Frei Crespim apenas uma professora manifestou adesão à greve.

Já em Capinzal, na Escola de Educação Básica São Cristóvão alguns professores irão aderir à greve, mas as aulas continuarão normalmente. Na Escola de Educação Básica Mater Dolorum, haverá um horário adaptado devido à paralisação, enquanto na Escola de Educação Básica Belisário Pena apenas uma professora demonstrou interesse em aderir à greve. As atividades com os alunos seguem normais.

Em Zortéa, na Escola de Educação Básica Major Cipriano Rodrigues de Almeida, os professores optaram por não aderir ao movimento neste primeiro momento, garantindo que o calendário escolar não será prejudicado.

Relembre

Esta não é a primeira vez que os professores de Santa Catarina recorrem à greve para reivindicar melhores condições de trabalho. Em 2011, após uma greve que durou 62 dias, a categoria suspendeu a paralisação, mas manteve-se em estado de greve por 120 dias. Na ocasião, as negociações com o governo estadual visavam discutir mudanças no plano de carreira dos professores.

Por fim, o governo aprovou projeto de lei que aumentou o piso salarial dos professores com ensino médio de R$ 609 para R$ 1.187, para jornada de 40 horas semanais. Junto com o aumento, aprovou a diminuição de valores extras pagos a quem tem graduação e pós-graduação.

Álvaro José – Nativa FM

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