Em meio à crise dos preços dos alimentos, financiamentos do Plano Safra são suspensos

O Tesouro Nacional determinou a suspensão dos financiamentos agrícolas subvencionados pelo Plano Safra 2024/25 a partir desta sexta-feira (21). A decisão foi comunicada por meio de ofício enviado às instituições financeiras, em razão do atraso na aprovação do Projeto de Lei Orçamentária de 2025, que ainda tramita no Congresso Nacional.

O aumento das despesas com programas subsidiados e a alta da taxa Selic desde o lançamento do plano são apontados como fatores que pressionaram os custos. Quando o Plano Safra foi anunciado, a Selic estava em 10,5% ao ano e, atualmente, subiu para 13,25%, elevando o impacto financeiro sobre o crédito rural controlado.

A suspensão ocorre em um momento crítico para os produtores rurais, que estão no processo de plantio da segunda safra de milho, colheita da soja e início da colheita do arroz, além de outras atividades, como os tratos culturais no cultivo do café.

O Tesouro justificou a medida com base em novas projeções de gastos atualizadas pela Secretaria de Política Econômica, que apontam um aumento relevante das despesas para 2025, principalmente em função da elevação de índices econômicos utilizados na composição do orçamento. A suspensão, no entanto, não afeta as linhas de financiamento do Pronaf Custeio.

Representantes do setor agropecuário criticaram a decisão, alegando falta de compromisso do governo federal com os produtores, especialmente os pequenos e médios. Por outro lado, membros do governo ressaltaram a necessidade de responsabilidade fiscal, destacando que não é possível manter a equalização dos juros sem a aprovação do orçamento.

O Tesouro Nacional não se manifestou sobre o assunto até o momento.

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