Baixa produção coloca o açúcar como próximo vilão da cesta-básica

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A oferta global de açúcar pode ficar mais apertada nos próximos meses devido à produção decepcionante da Índia, o segundo maior produtor mundial. A queda na colheita do país já está impactando os preços da commodity no mercado internacional.

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A produção indiana na atual temporada pode cair para 26 milhões de toneladas, um volume inferior às estimativas da indústria, segundo Ravi Gupta, diretor executivo da Shree Renuka Sugars. A redução se deve a doenças que afetaram as lavouras de cana na principal região produtora do país, Uttar Pradesh.

Além da Índia, a Tailândia, outro grande produtor, também deve ter uma safra menor neste ano, o que já impulsionou os preços do açúcar branco em mais de 8% no mês. O déficit de oferta está aumentando o prêmio do açúcar refinado sobre o açúcar bruto, após um período de preços baixos.

Em janeiro, o governo indiano flexibilizou restrições e autorizou a exportação de até 1 milhão de toneladas de açúcar nesta temporada. No entanto, os usineiros têm adotado uma postura cautelosa, aguardando preços mais elevados para vender no mercado externo.

De acordo com Gupta, os preços mundiais precisam se manter acima de US$ 530 por tonelada (cerca de R$ 3.028) para incentivar as exportações. “Para que as exportações de 1 milhão de toneladas aconteçam, o mercado mundial precisa subir para precificar o açúcar indiano”, explicou.

Nesta segunda-feira (18), os preços do açúcar branco subiram 1,5%, atingindo US$ 545,40 por tonelada em Londres. Nos Estados Unidos, os mercados permaneceram fechados devido a um feriado.

Assim como o açúcar, os preços do café robusta continuam em tendência de valorização, iniciando 2025 em alta. A escassez do grão é impulsionada pela queda na produção do Vietnã, o segundo maior produtor mundial, atrás do Brasil. Nesta segunda-feira, os futuros do café robusta subiram 0,3%, refletindo a preocupação com a oferta global.

Apesar da expectativa de recuperação da produção de açúcar na próxima temporada, a partir de outubro, o curto prazo ainda deve ser marcado por preços elevados, impulsionados pela menor oferta na Índia, Tailândia e Paquistão.

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Fonte : Hora Brasilia

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