Nesta segunda-feira, 8, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou que o governo Lula avalia “rever” todos os contratos celebrados com a empresa Starlink sobre os serviços de geração de energia. A Starlink é um dos empreendimentos de Elon Musk, empresário que está no epicentro de um confronto com o Judiciário brasileiro.
No sábado 6, o empreendedor sul-africano havia feito críticas contra as decisões autoritárias do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O magistrado foi o responsável por endurecer as regras contra a liberdade de expressão nas redes sociais, a fim de supostamente evitar a disseminação de “fake news” no período eleitoral.
Na manhã daquele sábado, Musk publicou uma pergunta dirigida ao ministro brasileiro na qual procurava saber o “porquê de tanta censura”. No decorrer do dia, o empresário continuou a publicar mensagens que mostravam a realidade da ameaça à liberdade de expressão no Brasil.

Governo Lula rejeita a ‘interferência externa’ de Elon Musk
Pimenta comentou sobre a relação do governo Lula com a Starlink de Elon Musk.
“O governo pensará em rever os contratos que tem com a Starlink em relação à geração de energia no mundo”.
Pimenta.
O ministro de Lula também defendeu que o país não pode permitir uma “ingerência externa” que possa “estar acima” da Constituição. A declaração do titular da Secom dá o entendimento de que o burocrata acusa a rede social Twitter/X de dar respaldo a “criminosos”.
“Acho que todas as medidas judiciais cabíveis devem ser adotadas e o risco que a gente temia já começou a acontecer. Elon Musk já permitiu que criminosos, procurados inclusive pela Interpol, passem a utilizar a rede para repetir crimes pelos quais inclusive já estão sendo procurados e investigados”.
Pimenta.
Pimenta referia-se, principalmente, ao jornalista Allan dos Santos, que havia transmitido uma live no Twitter/X logo depois das declarações de Musk. Allan está foragido da Justiça do Brasil desde outubro de 2021 — e hoje vive nos Estados Unidos.
“Acho que a ação de ontem de permitir que um criminoso procurado pudesse utilizar essa rede pode caracterizar inclusive uma conduta de cumplicidade por parte dos responsáveis”.
Afirmou o titular da Secom.
As decisões autoritárias de Moraes em prol da censura e a ameaça ao empresário sul-africano fizeram diversos integrantes do governo Lula voltaram e defender a regulamentação das redes sociais.
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Fonte : Revista Oeste