Besouro da pele: como inseto que devora órgão humano pode resolver enigma ‘pós-morte’

Conhecido popularmente como besouro da pele ou de couro, estudos revelam que o inseto pode ser útil para descobertas forenses. O animal, que se alimenta de pele humana, pode revelar fatos científicos sobre cadáveres.

A imagem mostra um besouro na mão de uma pessoa

Com coloração amarela e preta, a espécie é conhecida como besouro da pele, devido a sua alimentação diferenciada – Foto: Divulgação/Freepik/ND

Besouro da pele

Nomeado pela ciência como Dermestes maculatus, o besouro da pele recebeu o nome popular graças a seu hábito um tanto incomum.

A imagem mostra um besouro da pele

O besouro da pele se alimenta apenas dos restos de pele presentes nos ossos de cadáveres de humanos e animais – Foto: Joyce Gross/Universidade da Califórnia/ND

Segundo a perita forense Janyra Oliveira-Costa, do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, esses besouros possuem um corpo alongado, com cerca de 0,75  a 1,0 cm de comprimento. Com coloração amarela e preta, a espécie é conhecida como besouro da pele, devido a sua alimentação diferenciada.

Podem definir o tempo de “pós-morte”

O animal, além de se alimentar de couros, ossos, papeis e outros materiais, também se alimenta da pele humana. Mas, não há motivo para temê-los antes da morte, já que se alimentam apenas dos restos de pele presentes nos ossos de cadáveres de humanos e animais.

Devido a esse hábito alimentar, estudos descobriram que seu ciclo de vida pode ser utilizado pelos especialistas forenses para definir o tempo de “pós-morte” de um corpo. Por isso, representa uma grande importância para a área.

A imagem mostra um besouro da pele

Apesar de serem positivos para a indústria forense, esse animais podem representar riscos para a preservação histórica e científica. – Foto: Joyce Gross/Universidade da Califórnia/ND

Porém, apesar de serem positivos para a indústria forense, esse animais podem representar riscos para a preservação histórica e científica. Isso porque muitas vezes materiais armazenados podem ser sua fonte de alimento.

Um estudo feito por estudantes universitários sobre a coleção do Museu de História Natural da Bahia chegou a essa conclusão após exemplares biológicos do museu serem encontrados destruídos pelo besouro.

Através dos dados levantados, o estudo ressaltou a importância do cuidado com a preservação adequada dos exemplares. Como solução, está a substituição do material usado no local de armazenamento, evitando o uso de placas de isopor ou borracha, que facilitam a entrada do besouro da pele.

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