Fábrica de futura montadora chinesa na Bahia é interrompida por condições de escravidão

Não começou muito bem a caminhada mais próxima da montadora BYD no Brasil, apesar da franca expansão da marca em solo brasileiro e a presença cada vez mais maior de carros da chinesa pelas estradas e ruas do país.

Uma força-tarefa de órgãos federais interrompeu a construção de uma fábrica da montadora chinesa BYD, em Camaçari, na Bahia.

A interdição veio após o resgate de 163 operários que estavam trabalhando em condições análogas a escravidão.

Eles teriam sido colocados em um ambiente “degradante” e tiveram seus passaportes e salários retidos por uma construtora, de acordo com o Ministério Público de Trabalho da Bahia.

Os trabalhadores, contratados pela Jinjiang Construction Brasil, moravam em quatro unidades na cidade. Em uma das instalações, eram obrigados a dormir em cama sem colchões, onde cada banheiro era compartilhado entre 31 trabalhadores.

A BYD se defendeu e disse em comunicado que cortou relações com a empresa envolvida e continua comprometida com o “cumprimento integral da legislação brasileira”.

A construção estava sendo instaurada no mesmo local onde era a fábrica da Ford na Bahia, e conta com incentivos do governo do estado. O investimento foi de cerca de R$ 5,5 bilhões.

A fábrica em questão estava programada para entrar em operação em março de 2025 e seria a primeira fábrica de veículos elétricos da BYD fora da Ásia.

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