O que significa não gostar de abraços, segundo a psicologia

Para muitas pessoas, os abraços são uma das formas mais reconfortantes de contato humano.

O ato de abraçar alguém pode ter vários significados e pode transmitir apoio amor, ou simplesmente um momento de conexão emocional. Porém, nem todo mundo gosta dessa expressão de afeto físico.

De acordo com o jornal La Vanguardia, para algumas pessoas, os abraços podem ser incômodos ou indesejados. Isso nem sempre está relacionado à falta de afeto para com os outros.

na imagem aparecem duas pessoas com abraços apertados no fim de ano e se cumprimentando

Dia 22 de maio é comemorado o Dia do Abraço no Brasil – Foto: Freepik/Reprodução/ND

A professora  da Northern Illinois University, Suzanne Degges-White, explica que a tendência de aceitar ou rejeitar o contato físico depende muito das experiências da infância.

Se uma pessoa cresceu em um ambiente em que os abraços e outras formas de afeto eram comuns, é mais provável que ela desenvolva uma inclinação semelhante na idade adulta.

Por outro lado, aqueles que cresceram em famílias menos afetuosas fisicamente podem se sentir desconfortáveis com abraços. Entretanto, essa não é uma regra universal. Algumas pessoas criadas sem contato físico desenvolvem a necessidade de compensar abraçando mais na idade adulta.

Para a professora da Universidade de Notre Dame, Darcia Narvaez, a ausência de contato físico pode influenciar o desenvolvimento do nervo vago, uma estrutura fundamental para a regulação emocional e compaixão.

Essa ausência pode levar a um sistema de oxitocina subdesenvolvido e prejudicar a capacidade de formar laços profundos com outras pessoas.

na foto aparecem 2 pessoas com abraços apertados por se cumprimentar

Ocitocina é conhecido como o ‘hormônio do amor’ e influencia nas relações sexuais – Foto: Freepik/ND

A oxitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, é fundamental para a conexão emocional. Em outras palavras, a falta de contato físico durante a infância também pode ter efeitos mais profundos.

Respeito ao limite das pessoas e a relação com abraços

Os especialistas recomendam respeitar os limites pessoais. Se você sabe que alguém pode se sentir desconfortável com abraços, é melhor evitá-los.

Prestar atenção à linguagem corporal das pessoas também pode ser fundamental. Se alguém estender a mão, ou se afastar ligeiramente, é um sinal de que prefere outro tipo de interação.

Embora os abraços sejam benéficos para a saúde como o alívio do estresse e até fortalecimento do sistema imunológico, eles não são essenciais a todos os relacionamentos. Assim, respeitar as preferências pessoais é essencial para criar vínculos autênticos e respeitosos.

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