Após exoneração de superintendente, Estado pode retomar gestão do aeroporto em Joaçaba

Após três anos pilotando a gestão administrativa do Aeroporto Santa Teresinha, em Joaçaba, Eglon Buraseska encerra seu voo por essas terras e pousa em Pato Branco, no Paraná. Exonerado da função de superintendente aeroportuário, Buraseska deixa para trás um legado de modernização e ampliação, mas também um cenário de turbulências.
Como um navegador experiente que conhece cada detalhe do mapa aéreo, Eglon desembarcou no aeroporto em 2021, trazendo na bagagem um profundo conhecimento sobre a aviação. Sob sua liderança, o Aeroporto Santa Teresinha ganhou novos contornos, com melhorias estruturais e a introdução de regras que, segundo fontes, dividiram opiniões entre os tripulantes da operação.
Procurado pela reportagem, Buraseska optou por não decolar em uma nova entrevista sobre o tema, preferindo o silêncio ao soar dos motores. Entre os ventos que sopram na pista administrativa, comenta-se que Jorge Dresch, contador, seria o próximo a assumir o manche da gestão.
Enquanto o aeroporto segue operando em sua rotina diária, a saída de Eglon marca o fim de um ciclo. Para alguns, ele foi um comandante que levou o Santa Teresinha a novas altitudes; para outros, suas decisões podem ter causado turbulências inesperadas.
Estado ameaça retomar administração do Aeroporto em Joaçaba
A exoneração de Eglon Buraseska da superintendência do Aeroporto Santa Teresinha, em Joaçaba, ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (20). Em entrevista à Rádio Catarinense, o Secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Ivan do Amaral, revelou surpresa e descontentamento com a decisão, confirmando que a solicitação partiu do secretário de Administração da Prefeitura, Jorge Dresch.
“Recebemos essa notícia com muito desagrado. O Eglon tem vasta experiência e conhecimento técnico, sendo uma indicação nossa. Essa exoneração reflete uma vontade do vice-prefeito eleito, em conjunto com o Aeroclube, que pediram sua saída. Já estamos tratando do assunto e deixamos claro que não vamos admitir que o Aeroclube assuma a gestão do aeroporto”, destacou Amaral.
O secretário ainda alertou para as possíveis consequências da mudança. Segundo ele, a ausência de um administrador operacional pode colocar em risco a funcionalidade do aeroporto. “Esse tema já foi levado ao governador, e estamos atentos às implicações. Caso não haja um entendimento, o Estado poderá encerrar o contrato de subdelegação, retomando a gestão do aeroporto”, afirmou.
A situação gera apreensão quanto ao futuro do Aeroporto Santa Teresinha, que é estratégico para a região. Ivan do Amaral reforçou que a decisão pode prejudicar as operações e a certificação do espaço junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Com a tensão crescendo na pista administrativa, a expectativa é que as partes envolvidas encontrem um acordo que garanta a continuidade do desenvolvimento e da segurança no terminal aéreo.
Citado pelo Secretário de Estado, Jorge Dresch não foi localizado até o fechamento desta notícia para falar sobre o assunto.
O futuro da administração agora está nas mãos do próximo gestor, que terá o desafio de alinhar expectativas e manter o curso de desenvolvimento traçado nos últimos anos. Em Joaçaba, a expectativa é de que o aeroporto continue sendo uma porta aberta para o progresso, conectando a região a novos destinos e oportunidades. (Marcelo Santos/Rádio Catarinense)
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