Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica da UFSC completa 20 anos

Foto: acervo pessoal

O Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica (Ecohe), vinculado ao Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), completou 20 anos de atividades neste ano. Sob a coordenação dos professores Natalia Hanazaki e Nivaldo Peroni, o Ecohe iniciou suas atividades em 2004, com foco nos estudos sobre pesca artesanal e nas interações entre pessoas e plantas, mediadas por conhecimentos ecológicos tradicionais.

Conforme relatam os professores, ao longo dos anos, o laboratório passou por diversas transformações, influenciadas por parcerias acadêmicas, demandas da sociedade — especialmente de comunidades tradicionais e indígenas —, além de setores do governo e políticas públicas. Essas colaborações ampliaram o escopo de pesquisa e extensão, incorporando novas abordagens. Entre os temas destacados, estão os processos mediados por ações humanas que promovem a agrobiodiversidade, a domesticação de plantas e paisagens e o entendimento da ecologia histórica de paisagens tropicais e subtropicais.

Nesse percurso, o Ecohe consolidou a inclusão de perspectivas indígenas na pesquisa, assim como abordagens que destacam as dimensões humanas da biodiversidade. O laboratório também se estruturou como uma ampla rede de colaborações institucionais e interdisciplinares, fortalecendo a integração entre ciência e sociedade.

Em duas décadas, mais de 170 pessoas concluíram seus trabalhos no laboratório, sendo 62 graduados em iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso (TCC), 67 mestres, 30 doutores e 12 pós-doutores. Esse coletivo, aliado às parcerias e coautorias, resultou na produção de mais de 230 artigos científicos, 30 livros e 69 capítulos de livro.

De acordo com os coordenadores, para o futuro, o Ecohe almeja fortalecer ainda mais a participação de estudantes, pesquisadores e comunidades, ampliando o impacto na geração de conhecimento relevante para políticas públicas e no fortalecimento de redes de pesquisa em ecologia humana e etnobotânica. O objetivo é seguir integrando ciência e sociedade, em uma busca contínua pela construção de uma pesquisa mais inclusiva e engajada com as demandas da sociedade.

Para mais informações, acesse o site do Ecohe ou o Instagram.

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