NotCo traz vertical B2B para o Brasil e leva sua IA, o Giuseppe, para além de produtos à base de planta

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A NotCo, foodtech chilena conhecida pelo desenvolvimento de produtos à base de plantas avaliada em US$ 1,5 bilhão, está lançando sua vertical B2B no Brasil, em busca de expandir a utilização de sua inteligência artificial proprietária, o Giuseppe.

Com oito anos de experiência e mais de 400 produtos desenvolvidos por meio desta tecnologia, a empresa já opera em países como Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, além de sua terra natal, o Chile. Nessa vertical B2C, a companhia tem 20% de participação do mercado à base de plantas no mundo.

A companhia, que já captou US$ 430 milhões em rodadas de investimentos lideradas por fundos como Kaszek e L Catterton, tem mais de 8 mil ingredientes cadastrados na plataforma de IA. Com essa base, a NotCo decidiu utilizar seu “poder de fogo” para auxiliar grandes empresas do segmento de alimentos a inovar no desenvolvimento dos produtos, mesmo os que não são plant-based.

“Ao longo do tempo, as empresas começaram a nos procurar para utilizar a tecnologia do Giuseppe para solucionar problemas que encontravam em produtos já existentes, como a presença de gordura ou mesmo de itens de origem animal”, afirma Giulia Braghieri, diretora sênior de desenvolvimento de negócios B2B Global da NotCo.

Segundo a executiva, essas companhias estão em busca de eficiência e redução de custos, o que pode ser resolvido pela tecnologia.

Giulia Braghieri, diretora sênior de desenvolvimento de negócios B2B Global da NotCo, e André Weinmann, CEO da NotCo no Brasil

Na prática, o Giuseppe mapeia a estrutura molecular de alimentos de origem animal e cria receitas 100% plant-based que tem o objetivo de preservar o mesmo sabor, cor e textura dos produtos originais.

Com ele, a startup afirma que é possível desenvolver e reformular produtos de maneira rápida, eficiente e econômica, reduzindo o tempo de teste e estudo que é destinado a esses produtos e, consequentemente, seus custos.

“Na indústria de alimentos tradicional, as empresas levam cerca de 18 meses, no mínimo, para lançar um produto, já que esse processo exige testes, erros e acertos e questões burocráticas que mudam a todo tempo”, afirma André Weinmann, CEO da NotCo no Brasil. “Com o Giuseppe, esse tempo se reduz para semanas”.

Um dos exemplos mais recentes do uso da tecnologia ocorreu no Reino Unido. Por lá, existe uma regulamentação do HFSS (Healthier Food Score System) utilizada para medir a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes – o que define onde eles ficam apresentados nas gôndolas.

Para se enquadrar nessas regras, uma grande marca inglesa solicitou os serviços da NotCo, que desenvolveu um chocolate exatamente da forma esperada pelas regras, com o mesmo sabor do original.

Fora do Brasil, a NotCo já atende empresas como Kraft Heinz, Starbucks, Burger King e Mars nesse segmento B2B.

Com a tecnologia, a empresa espera expandir seus serviços além do segmento de alimentos, podendo atingir mercados como o de fragrâncias, pet e farmacêutico.

“Toda empresa de consumo precisa inovar na sua produção e isso não é uma questão do Brasil e sim do mundo”, afirma Weinmann. “As opções e variáveis são praticamente infinitas e, quanto mais o tempo passa, mais o mercado evolui e abre novas oportunidades de negócios”.

Com a vertical B2B, a empresa espera superar o desempenho do B2C em poucos anos. “Se nós conseguirmos ajudar pelo menos uma inovação dentro das grandes empresas nesse primeiro momento, já é um mega feito para a NotCo”, diz Braghieri.

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