Manifestantes fazem ato pelo fim da violência policial em SP


Grupo se reuniu na tarde desta segunda-feira (9), no Centro da capital. Manifestação ocorre após uma série de denúncias contra a atuação de policiais militares no estado. Ato contra violência policial em SP
Divulgação
Após uma série de denúncias envolvendo abordagens policiais violentas no estado de São Paulo, manifestantes realizaram um ato pela paz na tarde desta segunda-feira (9), na escadaria da Catedral da Sé, no Centro da capital.
A manifestação foi organizada pela União dos Movimentos por Moradia (UMM-SP). Nela, os participantes carregaram cruzes e faixas com críticas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e à política de segurança pública da sua gestão.
“Parem de nos matar”, diziam alguns cartazes expostos na escadaria da catedral.
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Dados do Ministério Público apontam que as mortes cometidas por policiais militares no estado de São Paulo aumentaram 46% até 17 de novembro deste ano, se comparado a 2023.
De janeiro a 17 de novembro deste ano, 673 pessoas foram mortas por policiais militares, contra 460 nos 12 meses do ano passado. Dessas 673 mortes, 577 foram praticadas por policiais em serviço, ou seja, trabalhando, e 96, de folga. Média de duas pessoas mortas por dia.
Na última sexta-feira (6), o governador Tarcísio disse se arrepender da “postura reativa” que teve sobre o uso das câmeras corporais em policiais.
“Eu particularmente me arrependo muito da postura reativa que eu tive lá atrás. Uma postura que partiu da percepção que aquilo poderia tirar a segurança jurídica do agente ou mesmo causar excitação no momento em que ele precisava atuar. Hoje eu percebo que estava enganado, que ela [a câmera corporal] ajuda o agente”, afirmou.
Durante sua fala no evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o governador não citou os recentes episódios de repressão policial em São Paulo, e reforçou o discurso de que os agentes atuam sob estresse e sofrimento.
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