Corpo de Francisco Wanderley Luiz, homem-bomba do STF, é cremado

O corpo de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado em Brasília, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), foi cremado nesta sexta-feira (6), no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás (GO).

A imagem mostra Francisco Wanderley Luiz, que explodiu uma bomba perto da própria cabeça, no atentado em Brasília, na noite de quarta-feira (13)

Francisco Wanderley Luiz morava em Brasília há quatro meses, segundo amigos – Foto: Redes sociais/ Reprodução/ ND

De acordo com o DF Record, da Record TV Brasília, uma breve cerimônia de cremação foi realizada e a previsão é que as cinzas sejam liberadas para a família de Francisco Wanderley Luiz nos próximos dias.

Crânio de homem-bomba do STF foi parcialmente destruído

Segundo a perícia, o lado direito da cabeça do homem-bomba do STF foi o mais afetado. “Constatou uma fratura extensa, com abertura do crânio no lado direito, e várias fraturas com amputação dos dedos na mão direita”, destacou o boletim do legista.

Imagem do crânio do autor após explodir uma bomba perto da própria cabeça – Foto: PF/Divulgação

“O que é compatível, nos permite inferir, que essas regiões estavam próximas no momento da explosão, ou seja, provavelmente, ele segurou a bomba com a mão direita próximo da própria cabeça”, complementa.

Quem era Francisco Wanderley Luiz, autor de atentado em Brasília

Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul, em SC, pelo PL em 2020 e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso.

“Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.

Na manhã do atentado em Brasília, Luiz entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo.

“Tiü França” e as teorias da conspiração

Nas redes sociais, Francisco tinha um perfil ativo e compartilhava conteúdos relacionados a política, religião e teorias da conspiração.

O autor das explosões em Brasília acreditava na existência do QAnon (teoria de extrema-direita em que adeptos da esquerda são adoradores de Satanás, pedófilos e canibais).

Além disso, também publicava frequentes críticas aos ministros do STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos líderes da Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Em postagens recentes, Francisco escreveu que o dia 15 de novembro, feriado de Proclamação da República, seria “especial para iniciar uma revolução”.

Testemunhas relataram às autoridades que o autor das explosões no STF em Brasília usava roupas que lembravam o personagem Coringa, vestindo um terno personalizado com naipes de cartas.

Um chapéu branco foi encontrado ao lado do corpo. Ele morreu ao acionar um explosivo próximo à própria cabeça.

*Com informações do R7

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