La Niña pode não afetar o verão 2025 em Santa Catarina

Durante 2024, a expectativa de formação do fenômeno La Niña, tradicionalmente associada a temperaturas mais frias na superfície do Oceano Pacífico, manteve meteorologistas e modelos climáticos atentos à sua possível ocorrência entre o final do inverno e início da primavera. Com o verão se aproximando, marcado para começar em 21 de dezembro, novos dados indicam que as chances de La Niña afetar o clima de Santa Catarina são cada vez menores, frustrando as previsões iniciais.

Caio Guerra, meteorologista da Defesa Civil de Santa Catarina, observa que o fenômeno não se materializou nos meses esperados e agora parece improvável para o final de 2024 e durante o verão de 2025. “As condições para a formação de La Niña estão diminuindo, e não há mais tempo hábil para sua formação neste ano”, explica Guerra. Esta alteração nas previsões reflete a complexidade e a incerteza inerentes aos padrões climáticos globais, que são influenciados por múltiplos fatores ambientais e atmosféricos.

Historicamente, enquanto o fenômeno oposto, El Niño, é conhecido por intensificar as chuvas na região, La Niña geralmente reduz as precipitações, aumentando o risco de seca e estiagem, particularmente na primavera. No entanto, para que esses efeitos sejam notáveis, os fenômenos precisam apresentar intensidades significativas, algo que não se concretizou com o La Niña neste ciclo. “Agora, com a chance muito remota de formação de La Niña, não são esperados efeitos climáticos significativos para o próximo verão”, conclui Guerra, descrevendo um cenário de normalidade climática para o início de 2025.

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