Líderes no Congresso avaliam que anistia a golpistas perde força com explosões e não será aprovada

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Depois do atentado de ontem na Praça dos Três Poderes, líderes partidários no Congresso avaliaram que o projeto de anistia dos golpistas de 8 de janeiro de 2023 perderá força dentro do Legislativo e suas chances de ser aprovado praticamente desaparecem.
Os líderes, ligados a partidos do Centrão, evitam falar publicamente para não comprar briga com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo eles, Bolsonaro busca transformar o ato num caso isolado, cometido por um “maluco”.
Mas esses parlamentares destacam que o discurso de ódio de bolsonaristas contra o Supremo Tribunal Federal acabaram contribuindo para o que aconteceu ontem. E ficou claro que os alvos principais de Francisco Wanderlei eram a Corte e o ministro Alexandre de Moraes.
O projeto da anistia foi para uma comissão especial criada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, como uma forma de retardar a tramitação da proposta, que o PL queria aprovar ainda neste ano na Casa.
A criação da comissão especial já inviabilizou essa votação para este ano. E o PL pediu ao provável futuro presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para colocar o texto em votação no início de sua gestão.
Interlocutores de Hugo Motta reconhecem que o atentado de ontem dificulta algo que já era visto como muito difícil de ser votado.
Motta, por exemplo, tem buscado ter uma interlocução com o STF, prometendo um clima de harmonia entre Legislativo e Judiciário, acabando com o ambiente de animosidade entre os dois poderes.
No Senado, onde a avaliação era que o projeto não tinha chance de ser aprovado na gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agora o entendimento de líderes do governo é que também na eventual gestão de Davi Alcolumbre (União-AP), que deve voltar ao comando da Casa no ano que vem, não há possibilidade de votação. Principalmente após o atentado desta quarta.
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