Paciente diagnosticado com raiva humana morre após 20 dias internado


Homem de 50 anos morava na zona rural de Alvorada, no sul do Tocantins. Governo do estado reforçou imunização contra raiva no município. Hospital Regional de Gurupi
André Araújo/Governo do Tocantins
O paciente diagnosticado com raiva humana, que estava sendo tratato no Hospital Regional de Gurupi (HRG), morreu após passar 20 dias internado. O homem de 50 anos era morador da zona rural de Alvorada, no sul do Tocantins.
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A morte aconteceu na noite de domingo (10) e foi confirmada pela x. O paciente estava sob suspeita da doença desde o dia 22 de outubro. A confirmação se deu no dia 30, após o Instituto Pasteur, localizado em São Paulo, confirmar a infecção do paciente pela variante AgV 3, transmitida por morcegos.
Conforme a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES), o tratamento do paciente seguiu todos protocolos pré-estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que enviou medicação especial para o HRG.
A equipe médica do hospital estava sendo assessorada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention – CDC), em Atlanta, na Geórgia (EUA).
A SES informou que as investigações do caso seguiram as vertentes humana e animal desde o dia 23 de outubro, quando foi notificada da suspeita do caso. O trabalho foi feito em parceria com a Adapec, órgão responsável por investigar os reservatórios da doença. Além disso, o governo estadual reforçou a imunização do município após a descoberta do caso.
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Transmissão, sintomas e riscos
De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva é uma infecção causada por um vírus e transmitida a partir da saliva de animais infectados. Geralmente, ocorre após a mordedura de morcegos – como foi o caso do paciente de Alvorada – e de cães e gatos.
Prevenção
Para evitar a contaminação, é preciso receber a vacina contra a raiva. O imunizante é aplicado em humanos e, também, nos animais domésticos.
Anualmente, o governo faz campanha de vacinação antirrábica. A aplicação das doses em cães e gatos evitam a infecção de animais domésticos e prováveis transmissões para humanos.
Sintomas
A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de tempo. Segundo o Ministério da Saúde, é comum que o período de incubação em humanos alcance 45 dias. Mas o tempo pode mudar de acordo com diferentes fatores. Entre eles, a parte do corpo e a profundidade da mordida; e se a vítima for criança – quando a doença se desenvolve mais rapidamente.
O vírus provoca:
mal-estar geral;
pequeno aumento de temperatura;
perda de apetite;
dor de cabeça;
náuseas;
dor de garganta;
fraqueza;
irritabilidade;
inquietude;
sensação de angústia.
Os sinais podem permanecer de 2 a 10 dias após o período de incubação.
Em quadros mais graves, a pessoa pode desenvolver ansiedade, hiperexcitabilidade, febre, delírios, espasmos musculares involuntários e generalizados, além de convulsões. Nesses casos, a doença pode levar à morte em até uma semana. A doença é quase sempre fatal.
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