Deolane Bezerra reencontra com a mãe após as duas saírem da prisão: ‘Contando as aventuras da cadeia’; veja VÍDEO e FOTO


Influenciadora e a mãe, Solange Bezerra, estão entre as investigadas pela Operação Integration, que apura esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. As duas foram soltas nesta terça-feira (24). Deolane Bezerra grava vídeo após sair de prisão em Pernambuco
A influenciadora Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra, se reencontraram nesta terça-feira (24), após saírem da prisão no início da tarde. A foto mostrando as duas abraçadas e um vídeo foram postados no Instagram (veja vídeo acima).
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Elas são investigadas na Operação Integration, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas online (as “bets”), assim como o cantor Gusttavo Lima, que teve a prisão preventiva revogada pela Justiça.
“Boa noite, Brasil! Olha quem apareceu. Gente, nós vamos conversar ainda, tá? Tô aqui com mamis contando as aventuras da cadeia [risos]. Eu tava presa, meu Deus do céu. Já comi, comi uma tripinha. Óia papis aqui, esse é f***, esse não larga. Deixa eu falar uma coisa p’ocês, vou falar tudo com vocês aqui, tá? Só tô organizando as ideias, porque eu fui querer ser amostradinha [risos], passei mais 14 dias presa. Enfim, meu Deus do céu. É tanta coisa pra contar, tanta coisa, mas eu tô firme e forte, acreditando sempre na justiça de Deus porque ele é fiel e justo e ele cumpre, e vocês não irão se arrepender de ter me apoiado, aos que apoiaram, né? Quem não apoiou [beijo]”, disse Deolane no vídeo.
Deolane e Solange foram soltas após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aceitar um habeas corpus que beneficiou 18 investigados nessa operação, incluindo Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, uma das empresas investigadas.
A influenciadora Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra, se reencontram após saírem da prisão
Reprodução/Instagram
No início da tarde desta terça-feira (24), Deolane saiu da Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, desde 10 de setembro. A Justiça decretou a prisão domiciliar para a influenciadora, com uso de tornozeleira eletrônica, mas a decisão foi revogada um dia após Deolane deixar a prisão no Recife, por descumprimento de medidas cautelares, e ela foi encaminhada para a prisão no interior.
Também na tarde desta terça, Solange Alves Bezerra deixou a Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, onde estava presa desde o dia 4 de setembro (veja vídeo abaixo). Em seguida, ela foi encaminhada para a 12ª Vara Criminal da Capital, no Fórum Rodolfo Aureliano, no bairro da Ilha do Leite, no Recife, onde recebeu orientações sobre as medidas cautelares que devem ser seguidas.
Solange Bezerra, mãe da influenciadora Deolane Bezerra, deixa Colônia Penal Feminina do Recife
Por determinação do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, que concedeu o relaxamento da prisão, os investigados da Operação Integration determinou que os investigados:
não podem mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
não podem se ausentar da Comarca onde reside, sem prévia autorização judicial;
não podem praticar outra infração penal dolosa;
devem comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso, para tomar ciência de todas as cautelares e informar endereço atualizado;
não podem frequentar qualquer empresa que esteja relacionada à investigação da Operação Integration ou participar de qualquer tipo de decisão sobre a atividade econômica empresas que façam parte da investigação
não podem fazer publicidade ou citar qualquer plataforma de jogos.
O inquérito policial da Operação Integration foi concluído na semana passada pela Polícia Civil e enviado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Dois dias depois, o MPPE resolveu devolver o inquérito para a polícia, pedindo novas diligências. A instituição também recomendou a substituição das prisões preventivas por “outras medidas cautelares”.
Na segunda-feira (23), o desembargador Eduardo Guilliod mandou soltar Deolane, Solange e outros 15 alvos da operação após acatar um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, uma das “bets” investigadas na operação.
Além do empresário, a medida contemplou o casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, donos da empresa Vai de Bet. Segundo as investigações, eles viajaram com o cantor Gusttavo Lima — outro alvo da operação — para a Grécia no início deste mês, poucos dias depois que a operação foi deflagrada.
Cronologia do caso
Em julho deste ano, Deolane Bezerra abriu uma empresa de apostas, Zeroumbet, com capital de R$ 30 milhões.
Em 4 de setembro, a empresária e influenciadora digital foi presa na Operação Integration, deflagrada contra uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões de Deolane e de R$ 14 milhões da empresa dela por lavagem de dinheiro. Na delegacia, a influenciadora afirmou que sua renda mensal é de R$ 1,5 milhão.
Além de Deolane Bezerra, foram presas mais de 10 pessoas suspeitas de integrar o esquema, incluindo o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte, e a esposa dele, Maria Eduarda Filizola.
Em depoimento após ser presa, Deolane confirmou que comprou um carro de luxo de Darwin, um Lamborghini Urus S, por R$ 3,85 milhões.
Segundo a Polícia Civil, os pagamentos à vista pela compra e pela venda de carros de luxo feitas pela empresa e pelo empresário geraram indícios de que houve “lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas esportivas”.
Ainda no dia 4, após a prisão, Deolane escreveu uma carta, publicada no Instagram, dizendo que está sofrendo “uma grande injustiça”, que ela e a família são vítimas de preconceito e lamentou a prisão da mãe.
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a Justiça decretou o sequestro de bens de vários alvos, incluindo aeronaves e carros de luxo, e o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. Ao todo, a polícia solicitou que R$ 3 bilhões fossem bloqueados.
No dia 9 de setembro, Deolane deixou a cadeia no Recife, após ser beneficiada com um habeas corpus. Ela ficaria em prisão domiciliar e teria que usar tornozeleira eletrônica.
Antes mesmo de entrar no carro para ir embora, Deolane falou com a imprensa na frente do presídio: “Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado. […] Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada”.
Na noite de 9 de setembro, uma nova carta escrita por Deolane foi publicada no Instagram. “Agradeço imensamente o carinho e o apoio de todos, tenham certeza que não irão se arrepender, afirmo com todo o respeito que tenho por vocês, sou inocente e não há uma prova sequer”, disse no trecho final do manuscrito.
No dia 10 de setembro, Deolane teve a prisão domiciliar revogada, após o descumprimento das medidas cautelares para sua liberação, e seguiu para o presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco.
No dia 11 de setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco negou outro pedido de habeas corpus feito pela defesa de Deolane. O juiz alegou, entre outros motivos, “financiamento de manifestantes [para protestar contra a prisão dela] por iniciativa de familiares”.
No dia 18 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou mais um pedido de liberdade da defesa de Deolane.
No mesmo dia, a Polícia Civil informou que concluiu o inquérito da Operação Integration, encaminhando o caso ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE);
Na sexta-feira (20), sob a alegação de “esclarecer os fatos sob investigação”, o MPPE pediu novas diligências à Polícia Civil e recomendou substituir as prisões preventivas já decretadas por outras medidas cautelares.
Na segunda-feira (23), a 12ª Vara Criminal do Recife decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima e do empresário Bóris Maciel Padilha também por suspeita de participação no esquema.
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