Na Cúpula do Futuro, Lula fala em “falta de ousadia” da ONU

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Em discurso durante a Cúpula do Futuro, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Pacto para o Futuro, documento a ser assinado por líderes mundiais, oferece uma direção importante, mas falta “ambição e ousadia” para que a ONU cumpra seu papel. Lula destacou que a governança global enfrenta uma crise que exige transformações estruturais, mencionando os recentes conflitos armados, a pandemia e as mudanças climáticas como fatores que escancaram as limitações das instituições multilaterais.

Lula criticou o Conselho de Segurança da ONU, apontando que sua legitimidade é prejudicada quando aplica padrões duplos ou se omite diante de crises. O presidente também destacou a necessidade de inclusão do Sul Global nas decisões internacionais, alegando que essa região não está devidamente representada de acordo com seu peso político, econômico e demográfico. Além disso, mencionou a falta de avanços na reforma da ONU nas últimas décadas.

Outro ponto levantado por Lula foi o ritmo lento de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Segundo ele, apenas 17% das metas da agenda 2030 serão atingidas no prazo atual. Como presidente do G20, Lula anunciou que o Brasil lançará uma aliança global contra a fome e a pobreza, buscando acelerar o combate a esses problemas. Ele também ressaltou que os esforços atuais para reduzir emissões de gases e financiar ações climáticas são insuficientes.

Em seu discurso, o presidente brasileiro enfatizou a importância de manter a agenda de direitos humanos e promover a paz, alertando contra retrocessos na igualdade de gênero e na luta contra o racismo. Lula concluiu defendendo a necessidade de uma governança global mais eficaz, capaz de responder aos desafios persistentes e futuros, reforçando que é preciso coragem e vontade política para implementar mudanças.

@politicaetc

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