Argentina registra maior inflação do mundo pelo terceiro mês consecutivo

A Argentina registrou a inflação mais alta do mundo pelo terceiro mês consecutivo. É o que revelam os números publicados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).

O Índice de Preços ao Consumidor fechou fevereiro em 276,2% ao ano, acima de outros países que enfrentaram ondas inflacionárias recentes, como o Líbano (177%) e a Venezuela (85%).

Em média, os preços na Argentina subiram 13,2% no último mês, número que mostra uma desaceleração em relação aos dados de dezembro (25,5%) e janeiro (20,6%).

A inflação foi puxada por setores como comunicação e transportes, enquanto a categoria de alimentação e bebidas não alcoólicas ficou abaixo da média, com 11,9%.

Apesar de a Argentina ter tido a terceira maior taxa de inflação dos últimos 12 meses, o presidente Javier Milei descreveu os dados desta terça-feira como “um sucesso” para sua administração, devido à queda significativa em relação aos últimos três meses.

Em declarações à imprensa local, pouco antes da publicação dos dados, Milei disse: “A inflação de dezembro foi de 25%, a inflação de janeiro foi de 20%, e […] hoje está abaixo de 15%, ou seja, é um número grande”.

Milei, um economista que se autodenomina liberal-libertário e que se tornou presidente da Argentina em dezembro do ano passado com a promessa de acabar com a inflação de uma vez por todas, implementou uma série de cortes nos gastos públicos e uma desvalorização do peso para reestruturar as finanças argentinas.

No mês passado, por exemplo, o país sul-americano registrou superávit fiscal pela primeira vez em anos.

Ao mesmo tempo, a taxa de pobreza na Argentina aumentou, ultrapassando os 50% em janeiro, segundo o Observatório Social da Universidade Católica Argentina.

Na última terça-feira, o governo Milei anunciou novos cortes de impostos nas importações de alguns produtos da cesta básica, como mais uma medida de combate à inflação.

Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

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Fonte : CNN BRASIL

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