Fumaça no céu do RS deve persistir por mais um mês, afirmam especialistas

A fumaça provocada pelas queimadas continua encobrindo o céu no Rio Grande do Sul e em outras regiões do país. De acordo com especialistas, a situação pode perdurar por pelo menos mais um mês, variando conforme o avanço dos incêndios e as condições climáticas. No Rio Grande do Sul, o último dia de céu aberto foi 6 de setembro, conforme informações da Climatempo, e a previsão aponta que o fenômeno ainda será observado nas próximas semanas.

De acordo com pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a fumaça contribui para prolongar o período de estiagem, agravando os impactos das mudanças climáticas. Ela explica que as queimadas intensificam os efeitos da seca, e que é incerto se as chuvas isoladas previstas para o final de outubro serão suficientes para manter o solo úmido, evitando a propagação do fogo.

A pesquisadora alerta para a importância de medidas preventivas em relação às queimadas, afirmando que o combate ao fogo, sem ações efetivas para preveni-lo, é uma “batalha perdida”.

Mudanças

Henrique Repinaldo, meteorologista do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (CPPMet/UFPel), aponta que, a curto prazo, o Rio Grande do Sul pode ter uma breve melhora entre os dias 15 e 17 de setembro, quando há previsão de céu azul e menos fumaça. No entanto, a condição de tempo seco e a volta da fumaça estão previstas a partir do dia 18, com maior disseminação das partículas.

Repinaldo também destaca que uma mudança significativa na situação depende de um aumento na intensidade das chuvas, o que não ocorrerá de imediato. O avanço do fenômeno La Niña, que resfria as águas do Pacífico, e o início da estação chuvosa no Sudeste e Centro-Oeste podem trazer condições menos favoráveis à propagação do fogo, reduzindo as nuvens de fumaça no céu.

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