Principal líder de gangue do Haiti diz que não reconhecerá governo decidido por conselho

O líder de gangue haitiano Jimmy “Barbecue” Cherizier anunciou que sua coalizão de gangues não reconhecerá nenhum governo resultante do acordo da Comunidade do Caribe e do Mercado Comum (Caricom).

“‘Viv Ansanm’ não reconhecerá nenhum governo resultante destas reuniões”, alertou Cherizier em um vídeo na noite de segunda-feira (11), após o anúncio do acordo com a Caricom.

“É responsabilidade do povo haitiano eleger os líderes que governarão o país”, adicionou.

Viv Ansanm é uma coalizão de gangues do Haiti que se traduz como “viver juntos” do crioulo haitiano.

As declarações de Cherizier surgiram depois de o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, ter anunciado que deixará o poder após a criação de um conselho de transição, reconhecendo que o país precisa de “calma” e “paz”.

“Meu governo sairá imediatamente após a posse do conselho. Seremos um governo provisório até que nomeiem um primeiro-ministro e um novo gabinete”, disse Henry em um vídeo.

O líder da Guiana e atual presidente da Caricom, Irfaan Ali, anunciou na noite de segunda-feira em uma entrevista coletiva que Henry renunciará “após o estabelecimento de um conselho presidencial de transição e a nomeação de um primeiro-ministro interino”.

“Temos o prazer de anunciar o compromisso com um acordo de governo transitório que abre caminho para uma transição pacífica de poder, continuidade do governo e um plano de ação para a segurança a curto prazo e o caminho para eleições livres e justas”, destacou Ali.

“Além disso, visa garantir que o Haiti será governado pelo Estado de direito”, adicionou.

A Caricom, um bloco regional de 25 países que trabalha na integração econômica, segurança e desenvolvimento social, realizou uma reunião sobre o Haiti em Kingston, capital jamaicana, na segunda.

O Haiti está mergulhado no caos e na violência há semanas. As gangues do país caribenho têm atacado estruturas governamentais e a ordem social está à beira do colapso.

*com informações de Michael Rios, da CNN

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Fonte : CNN BRASIL

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