Comarca de Lages arrecada mais de 260 livros para auxiliar na ressocialização de jovens

Em um mês de campanha, a comarca de Lages reuniu mais de 260 livros de diversos tipos textuais. Opções que podem despertar o interesse pela leitura, ajudar a manter o hábito de folhear as páginas para absorver cada palavra escrita e auxiliar na ressocialização de adolescentes em conflito com a lei, através de doação, passarão a ocupar as estantes da biblioteca do Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Lages (Caser).

O acervo será renovado com obras da literatura brasileira, de autores como Machado de Assis, Cruz e Sousa e José de Alencar, por exemplo. Há também literatura espiritualista, romances, fantasia, ficção científica, história e filosofia, entre outros.

Quem solicitou a ajuda para angariar as doações foi a professora Denise Paes, da rede estadual de ensino e incentivadora da leitura nos espaços de privação de liberdade. Ela conta que chegaram excelentes livros e todos serão aproveitados. “A leitura é uma prática que pode ser transformadora e acredito que esse é o caminho. Lá, eles leem de tudo. Se entre os livros tiver algum que não seja interessante para eles, faremos o encaminhamento para a biblioteca do Presídio Regional de Lages”, explica.

O Caser de Lages terá uma nova biblioteca. A construção está em fase final. Ao saber sobre os livros arrecadados, o diretor da unidade, Jefferson Garcia Aromi, disse estar honrado e feliz. “É gratificante vivenciar o apoio que esta unidade socioeducativa tem recebido de diversas entidades para reestruturação de espaços. Acreditamos que a reflexão por meio da leitura possa ser uma ferramenta que ajude na tentativa de ressocialização do indivíduo, e com isso, precisávamos de, além de um melhor local, ter bons livros para prosseguir com essa atividade em nossa unidade”.

A chefe de secretaria da comarca de Lages, Yonara Zeschau Schimitz Silva, diz que a campanha trouxe, ainda, outras ideias. “A caixa estava cheia de bons livros, o que aguçou o interesse de muitas pessoas em pegá-los para ler. Com isso, a direção do Fórum pensa em realizar uma ação interna de troca de livros”, adianta. (Taina Borges – NCI/TJSC)



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