Itaú sobe projeções para o PIB e vê juros mais altos em 2024

O Itaú melhorou nesta segunda-feira suas projeções para o crescimento econômico e o resultado primário do Brasil em 2024 e 2025, mas passou a ver uma dinâmica inflacionária menos benigna e uma taxa Selic mais alta ao final deste ano.

Agora, o banco espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 2,0% tanto em 2024 quanto em 2025, ante projeção anterior de 1,8% para cada ano.

Em relatório, o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, disse que essa revisão reflete perspectiva mais positiva para as concessões de crédito.

Ele também ressaltou que segue esperando “alguma recuperação dos gastos ao longo dos próximos meses, dado o aumento real do salário-mínimo concedido no início desse ano e a resiliência do mercado de trabalho”.

Com a perspectiva melhor para a atividade, o banco também melhorou sua perspectiva para o resultado primário do Brasil neste ano e no próximo, vendo agora déficits de 0,7% do PIB em 2024 (de 0,8% no cenário anterior) e 0,9% do PIB em 2025 (ante 1,0%).

“A atividade melhor reduz marginalmente o déficit primário, mas as incertezas fiscais continuam elevadas, considerando as dúvidas sobre a disposição do governo em contingenciar despesas e o efetivo impacto arrecadatório das medidas aprovadas em 2023”, ponderou Mesquita.

O Itaú manteve sua projeção de inflação em 3,6% para 2024, mas destacou uma composição pior devido a uma dinâmica mais pressionada de serviços subjacentes, cujos preços são menos volatéis.

“Para 2025, tendo em vista a desancoragem de expectativas longas e um mercado de trabalho ainda apertado, projetamos inflação acima da meta, em 3,5%”, disse Mesquita.

Com o cenário de preocupação com a inflação de serviços doméstica se somando a temores sobre um possível ciclo de afrouxamento monetário menos intenso e mais tardio do que se esperava nos Estados Unidos, o Itaú elevou sua estimativa para o patamar da Selic ao fim de 2024 a 9,25%, ante 9,00% antes.

O banco espera que os juros locais permaneçam nesse patamar ao longo de 2025.

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Fonte : CNN BRASIL

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