Pai de jovem morto em festival critica “imprudência” da organização

A família de João Vinícius Ferreira Simões, 25 anos, cobra responsabilização e respostas dos organizadores de um festival de música no Rio de Janeiro, no qual o estudante morreu eletrocutado ao encostar em um food truck durante uma forte chuva, na noite desse sábado (9/3).

À Rede Globo o pai de João Vinícius, Roberto, disse ter ocorrido “imprudência, irresponsabilidade dos produtores, do próprio Riocentro, desse food truck. As pessoas viram que estava chovendo, tinha que ver o que estava acontecendo. Mas não”.

Roberto contou não ter “coragem” de entrar no Instituto Médico Legal (IML) “e ver meu filho estirado numa maca, sem vida”.

“Eles podem falar o que quiser, indenizar o que for, mas não vai trazer meu filho de volta. É inacreditável. Não podem fazer esses eventos assim”, criticou.

A mãe do jovem, Roberta Ferreira, pediu responsabilização: “Eles precisam responder o que aconteceu com meu filho. Como que foi montado esse evento? Como que esses fios estavam lá? Pensaram nas pessoas que pagaram para assistir ao evento?”.

João Vinícius chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital na Barra da Tijuca, mas não sobreviveu após entrar em parada cardiorrespiratória.

O que diz a produtora

A 30e, produtora do evento I Wanna Be Tour, publicou uma nota lamentando o “incidente” com o jovem. Segundo o texto, o público “se dirigiu para a marquise coberta, seguindo os protocolos de segurança” para escapar do temporal.

“Neste momento, lamentavelmente, ocorreu um incidente na área descoberta próxima a um food truck terceirizado: o jovem João Vinícius Ferreira Simões foi atingido por uma descarga elétrica. O sistema de segurança foi acionado no mesmo instante para atendimento e para as providências de socorro”.

A produtora alegou estar “apurando o ocorrido junto às autoridades. Até então, informações obtidas atestam para a conformidade da operação do food truck. A produtora já estabeleceu um primeiro contato com a família do jovem para prestar solidariedade e dar toda a assistência necessária”.