Projeto da UFSC ganha prêmio nacional por apoio a pessoas com lesão medular

Adriana Dutra Tholl e Rosane Gonçalves Nitschke receberam a premiação

O Grupo de Apoio às Pessoas com Lesão Medular (Galeme) foi o vencedor do Prêmio Autocuidado em Saúde da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde – ACESSA, que busca reconhecer trabalhos, produtos, serviços e tecnologias que fazem a diferença no desenvolvimento do conceito de autocuidado em saúde. A iniciativa também apoia a capacidade de indivíduos, famílias e comunidades de promover a saúde, prevenir doenças, manter a saúde e lidar com doenças e deficiências com ou sem o apoio de um profissional de saúde.

O projeto da UFSC foi premiado na categoria Comunicação em Saúde e Autoconhecimento. A iniciativa que recebeu o destaque é fruto da tese de doutorado em Enfermagem desenvolvida pela professora Adriana Dutra Tholl, que estudou o cotidiano e o ritmo de vida de pessoas com lesão medular e suas famílias, atentando para as potências e limites na adesão à reabilitação para a Promoção da Saúde. A pesquisa foi  orientada pela professora Rosane Gonçalves Nitschke, do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC.

O prêmio reconheceu o trabalho intitulado Projeto GALEME: ressignificando o viver sobre rodas. A deficiência física é caracterizada por mobilidade reduzida ou inexistente, déficit de sensibilidade e alterações que impactam vários aspectos da vida. Para Adriana, o prêmio significa o reconhecimento de uma prática de sucesso, que, da pesquisa à aplicabilidade de cuidados no cotidiano de pessoas com lesão medular e suas famílias, vem transformando vidas.

Desde 2014, o Galeme desenvolve atividades teóricas e práticas para dar suporte ao dia a dia de quem vive com as repercussões do trauma.Uma equipe multidisciplinar do projeto também criou uma publicação que reúne informações sobre como cuidar de disfunções urinárias quando há necessidade do uso de cateter, boas práticas para o funcionamento do intestino, cuidados com a pele para evitar feridas por pressão e orientações sobre a vida sexual no processo de reabilitação.

“O impacto do Galeme se mostra na consciência para o autocuidado e na retomada da vida, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva”, afirma Adriana. “Da pesquisa à aplicabilidade de cuidados no cotidiano de pessoas com lesão medular e suas famílias, nosso grupo vem transformando vidas”, completa.

Ações educativas

O projeto tem o objetivo de desenvolver ações educativas, de caráter multidisciplinar, visando a reabilitação e inclusão social de pessoas com lesão medular e suas famílias. Entre as atividades, destacam-se os passeios ao ar livre em espaços públicos e privados, como parques, praias, museus, atividades físicas e esportes adaptado, entre outros, estimulando a reabilitação e inclusão social dessas pessoas.

As ações podem ser conhecidas neste vídeo institucional. O Galeme também disponibiliza o Manual de Cuidados para Pessoas com Lesão Medular e Famílias no Cotidiano, que amplia o acesso à informação e facilita o autocuidado no domicílio, colaborando para a redução de complicações evitáveis.

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