Temporada de pinguins inicia em SC com os primeiros visitantes

O início do inverno é marcante para a chegada dos pinguins no litoral Catarinense. Vindo da Patagônia, no sul da Argentina, essas aves buscam águas mais quentes e alimentos.

Segundo a Associação R3 Animal, os primeiros visitantes já foram avistados, com registros no último fim de semana em Florianópolis. Durante o inverno, os pinguins deixam suas colônias de reprodução e nadam em direção à costa sul e sudeste do Brasil.

Em Santa Catarina, a espécie mais comum avistada é o pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). A maioria dos pinguins encontrados nas praias catarinenses são jovens em sua primeira migração, chegando exaustos e desnutridos após percorrerem longas distâncias, conforme relatado pela associação. Muitos se separam de seus grupos.

É frequente que esses animais estejam debilitados devido aos desafios encontrados durante a jornada, como interações com outros animais marinhos, redes de pesca, lixo marinho e impactos das atividades humanas.

O Projeto de Monitoramento de Praias é uma das organizações responsáveis pelo cuidado dos pinguins feridos que chegam à costa catarinense. Segundo a instituição, o primeiro animal a receber cuidados médicos foi avistado muito cedo no litoral.

Este pinguim foi resgatado em 30 de abril na Praia de Salinas, em Balneário Barra do Sul, no litoral norte catarinense, após ser avistado por um morador que alertou os bombeiros. Atualmente, o pinguim está sob os cuidados do Centro de Reabilitação da R3 Animal.

Foto: Reprodução/Ben Fuller

O que devo fazer se eu avistar um pinguim na praia?

A associação R3 Animal divulgou informações sobre o que fazer se encontrá-lo:

  • Se ele estiver nadando, não se aproxime, porque ele pode estar saudável e de passagem;
  • Se o animal estiver morto ou debilitado na areia da praia, entre em contato com o Projeto de Monitoramento de Praias pelo telefone 0800-642-3341;
  • Não force o pinguim a entrar no mar, pois se ele está em terra é porque está cansado ou debilitado;
  • Não coloque o pinguim em contato com gelo, pois animais debilitados têm dificuldade de manter a própria temperatura;
  • Afaste animais domésticos, pois eles podem feri-los, além de contrair ou transmitir doenças;
  • Evite se aproximar ou tocar no animal. Se for necessário levá-lo para um ambiente seguro, acomode-o em local seco e aquecido;
  • Para qualquer contato, utilize luvas de látex e máscara facial. Depois, descarte e não toque mais no animal.
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