Dispara o número de casos de bronquiolite, doença que atinge bebês

Os casos de bronquiolite dispararam no Brasil nas últimas duas semanas, atingindo principalmente bebês de 1 mês a 2 anos de idade. O vírus sincicial respiratório (VSR) permanece como um dos principais agentes infecciosos, provocando o aumento de internações na rede pública de saúde do país.

A bronquiolite é uma condição clínica causada pela inflamação dos bronquíolos, que são as menores vias aéreas dos pulmões. Essa inflamação resulta em obstrução e dificultando a troca gasosa e a oxigenação do sangue.

Quanto menor for a criança, mais grave pode ser o quadro de bronquiolite. Isso porque uma via aérea pequena pode ficar muito mais comprometida com secreção e inflamação. O que num adulto seria apenas um resfriado comum, pode causar sérios danos a um bebê, especialmente nos menores de um ano.

Os sintomas iniciais da bronquiolite muitas vezes se assemelham aos de um resfriado comum, incluindo coriza, tosse e febre baixa. No entanto, à medida que a doença progride, os sintomas podem se agravar, levando a dificuldade respiratória, chiado no peito (sibilância) e retrações musculares durante a respiração. Em casos severos, a criança pode apresentar cianose (coloração azulada da pele devido à falta de oxigênio) e apneia (pausas na respiração).

Especialistas alertam sobre os sinais que podem servir como alerta de agravamento da doença: prostração extrema, recusa alimentar, dificuldade para mamar, além de dificuldade para respirar. Caso o bebê apresente qualquer um desses sintomas, é hora de procurar uma emergência.

A bronquiolite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, parainfluenza e adenovírus. O VSR é o principal agente infeccioso da bronquiolite, mas ainda não há vacina disponível para crianças. Entretanto, a imunização contra a Influenza e Covid-19 está disponível nos postos e impacta positivamente na contenção desses casos, que seguem aumentando nas unidades de saúde.

O tratamento da bronquiolite é principalmente de suporte. Isso pode incluir a administração de oxigênio, hidratação adequada e, em alguns casos, suporte ventilatório. Em casos menos graves, pode ser suficiente o cuidado em casa, com atenção especial à hidratação e à manutenção das vias aéreas desobstruídas. No entanto, em casos mais severos, a hospitalização é necessária.

Prevenir a bronquiolite envolve práticas de higiene, como lavar as mãos com frequência, evitar o contato com pessoas doentes e manter ambientes arejados. Para crianças em alto risco de complicações severas, como bebês prematuros ou com doenças cardíacas congênitas, pode ser recomendado um medicamento específico (palivizumabe) para prevenir infecções pelo VSR.

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