Rodovias interrompidas rescendem propostas de investimentos em ferrovias

O transporte férreo voltou a ganhar destaque quando as enchentes estragaram, bloquearam e até mesmo destruíram muitas rodovias no RS, e também pontes, prejudicando auxílios, resgates e transporte de mantimentos ou mesmo passageiros em meio à enchente, exigindo valores astronômicos para a normatização.

Neste sentido, o Brasil avança, mas ainda em ritmo muito lento e ainda exige muitos investimentos.

Para quem anda de trem ou metrô, saiba que é provável que ele tenha sido construído por uma empresa privada. E pela 1ª vez, o Brasil tem mais linhas sob concessão (596km) do que em controle estatal (513km).

Vale destacar que só 12 das 27 capitais do Brasil têm um sistema de metrô, e concessionárias calculam que a expansão desse meio de transporte para outras cidades brasileiras tem potencial para movimentar mais de R$ 50 bi.

A relevância:

Mais de 8 milhões de pessoas andam de trem ou metrô todos os dias no nosso país, e o sistema ferroviário é um dos indicativos de desenvolvimento de uma cidade ou região.

Acontece que o Brasil investe pouco na ampliação das linhas. Para se ter ideia, no ano passado, só foram construídos 4km de malha ferroviária — sendo que a expectativa era de 16km.

O Brasil não lidera nem na América Latina, onde a Cidade do México tem mais metrô do que SP — mesmo com população menor.

A estrada é longa…

Nosso país precisa de R$ 285 bi em investimentos para atender toda a demanda. Para se ter uma ideia, um vagão custa cerca de R$ 1,5 milhão.

É aí que entram as concessões…

O Estado passa a conceder o direito da iniciativa privada de explorar esses serviços em troca de fazer esses investimentos.

Os projetos de concessão previstos para os próximos anos somam R$ 171 bilhões. Em geral, a operação deles é mais barata:

Custo/passageiro em uma linha privatizada: R$ 2,00

Custo/passageiro em uma linha estatal: R$ 3,20

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