Magistrado que pediu prisão de Moraes, é aplaudido de pé no Congresso

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O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que pediu em diversas oportunidades a prisão de Alexandre de Moraes, foi aplaudido de pé após sua participação na audiência pública sobre a situação dos presos políticos do Brasil, organizada pelo deputado Coronel Meira na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, nesta segunda, dia 20.

O desembargador lembrou que o ministro Alexandre de Moraes confessou, em entrevista, que conversou com Lula e com o Advogado-Geral da União e os orientou sobre como agir.

A seguir, alguns trechos de sua fala:

“Como que um juiz conversa com o interessado? Com a parte interessada? Com o advogado que vai fazer o pedido? E esse juiz tem a coragem de ser o julgador da causa? Isso é surreal”, disse.

“Esta audiência tem que ter consequência. E a consequência é que o parlamento brasileiro caminhe para aprovar o projeto de anistia, que deveria ser de absolvição. O que mais de urgente essa Casa tem pra fazer do que esse projeto?”.

“Não se enganem. Quem está com tornozeleira está preso. (…) Pessoas estão presas. Mortas! A responsabilidade pela morte do Clezão é do ministro Alexandre de Moraes. O sangue do Clezão está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. Eu já disse isso e repito. Mas esta Casa dando preferência a projetos que vão taxar ou não redes sociais, mídias… O que temos de mais urgente do que pessoas inocentes sendo presas e mortas?”. 

“Deveriam ter um freio. Deveriam ter um controle. Mas o senhor senador Rodrigo Pacheco é cúmplice de tudo isso, ele é conivente com tudo o que está acontecendo. Passará como um nada para a História, passará como zero para a História, pela sua conivência, pela sua parceria com o arbítrio”.

Dirigindo-se aos familiares dos presos pelo 8 de janeiro, Sebastião Coelho afirmou:

“Nós vamos trabalhar num procedimento para colocar a suspeição do ministro Alexandre de Moraes por sua confissão de que orientou a parte antes de receber o pedido para decidir sobre a prisão de todos, para levar à anulação de todos os processos. Levar à anulação de todos os processos. Se não for aqui nesta Corte, será em cortes internacionais”. 

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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