Morador de Travesseiro morre por leptospirose

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou nesta segunda-feira a primeira morte por leptospirose durante a crise climática que afeta o Rio Grande do Sul desde o final de abril. A vítima é Eldo Goss, de 67 anos, morador de Travesseiro, no Vale do Taquari. Goss faleceu no Hospital Bruno Born, em Lajeado, na última sexta-feira (17), após apresentar sintomas da doença desde o dia 9 de maio.

A confirmação da causa da morte veio após análise do Laboratório Central do Estado (Lacen-RS), que recebeu a amostra nesta segunda-feira. Este caso faz parte de um crescente número de infecções no estado. Desde o início de maio, o Rio Grande do Sul registrou 19 casos confirmados de leptospirose e 304 suspeitas. Para efeito de comparação, até 19 de abril, antes do agravamento da crise climática, havia seis óbitos e 129 casos registrados.

Contexto da Doença

A leptospirose é transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos, e é comum em situações de enchentes, como as que o estado enfrenta. A infecção pode ocorrer através de cortes na pele ou pelas mucosas, e os sintomas incluem febre alta, dor muscular, dor abdominal, icterícia, calafrios, fadiga, diarreia, náuseas e vômitos. O período de incubação varia de sete a 14 dias, podendo alguns sintomas levar até um mês para se manifestar.

Prevenção e Cuidados

Para prevenir a doença, é crucial evitar o contato com águas de enchente e adotar medidas de proteção ao limpar áreas afetadas. Equipamentos como luvas e botas de borracha são essenciais, e deve-se utilizar uma solução de hipoclorito de sódio para desinfetar superfícies contaminadas. Especialistas recomendam que qualquer pessoa com sintomas suspeitos procure imediatamente assistência médica, pois a doença pode evoluir rapidamente para formas graves.

O risco de leptospirose é particularmente alto em épocas de enchentes, e a taxa de letalidade pode chegar a 40% nos casos mais graves. A manifestação mais severa, conhecida como síndrome de Weil, inclui icterícia intensa, insuficiência renal e hemorragia pulmonar.

A SES continua monitorando a situação e reforça a necessidade de precauções, especialmente nas regiões mais afetadas pelas enchentes.

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