Trombose venosa: mais de 489 mil são internados no país desde 2012

Mais de 489 mil brasileiros foram hospitalizados devido à trombose venosa profunda de janeiro de 2012 a agosto de 2023. Os dados são da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e do Ministério da Saúde.

As análises também indicam que a média diária de internações por trombose venosa ultrapassou 165 pacientes. Com isso, estabeleceu-se um novo recorde para o intervalo. As informações são do jornal CNN.

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A cirurgiã vascular Aline Lamaita observou que houve um aumento significativo nos casos de trombose venosa associados a contaminação pelo novo coronavírus nos últimos anos.

As pesquisas desenvolvidas revelam que até 16% dos infectados pela covid-19, incluindo os assintomáticos, podem desenvolver a condição. Outro fator identificado é o envelhecimento da população.

Segundo o cirurgião vascular Henrique Lamego Jr., do Hospital Israelita Albert Einstein, “quanto mais avançada a idade, maiores são os riscos” de se desenvolver trombose venosa profunda.

Outros fatores de risco da trombose venosa

Outros fatores de risco para o desenvolvimento de trombose venosa incluem o uso indiscriminado de hormônios, obesidade, tabagismo, varizes e histórico familiar.

Segundo a cirurgiã vascular Aline Lamaita também apontou a inatividade física como um risco significativo, comparando o hábito de permanecer sentado ao fumo.

“Hoje consideramos o ficar sentado o nosso novo cigarro”, disse a especialista. “Isso porque o corpo do ser humano foi desenhado para estar em movimento e o imobilismo favorece o surgimento de muitas doenças, entre elas a trombose.”

A cirurgiã recomendou levantar-se a cada hora, caminhar por cinco minutos, usar meias elásticas e beber bastante água. Também sugeriu manter o copo distante para incentivar a movimentação.

Outro ponto importante quanto à pandemia para o aumento no número de casos de trombose venosa se dá pela intensificação do sedentarismo da população.

O presidente da SBACV, Armando Lobato, destacou que durante a pandemia, a mídia teve papel “vital” na conscientização da população sobre a trombose venosa.

“Houve uma grande e maciça divulgação sobre a enfermidade pela mídia, o que fez com que muitas pessoas desconfiassem dos sintomas que estavam sentindo e procurassem os hospitais para diagnóstico e tratamento”, afirmou.

Diagnóstico precoce de trombose venosa é essencial

Os sintomas de trombose incluem dor, inchaço e vermelhidão na perna afetada, além de calor na pele, veias visíveis e sensibilidade ao toque. O tratamento geralmente envolve anticoagulantes para diminuir a viscosidade do sangue e dissolver coágulos, prevenindo a formação de novos.

A detecção precoce é crucial para minimizar riscos de complicações graves, como a migração do coágulo para as artérias pulmonares, que pode causar hipertensão pulmonar e ser potencialmente fatal.

A detecção antecipada também pode reduzir o risco de tromboembolismo pulmonar, uma condição grave que pode obstruir o fluxo sanguíneo em um vaso pulmonar, levando à morte do tecido e sintomas como tosse, falta de ar e dor ao respirar.

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Fonte : Revista Oeste

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