No caminho do Rio Taquari, Roca Sales enfrenta uma nova devastação causada pela cheia, a terceira em apenas oito meses. Em meio aos esforços para organizar a limpeza das ruas e contabilizar os danos, o prefeito Amilton Fontana revelou que será preciso abrir caminho para o rio passar.
Roca Sales é uma das localidades mais afetadas pela atual cheia histórica. A cidade planeja um projeto ambicioso para evitar futuras tragédias: a realocação da zona central. O plano envolve abandonar as áreas frequentemente inundadas, que incluem ruas e prédios danificados.
Outros municípios submersos também traçam estratégias desafiadoras. Muçum pretende deslocar grandes partes dos bairros mais vulneráveis às inundações. Esses projetos enfrentam desafios significativos, como a necessidade de recursos ainda não calculados, mas que certamente excedem os orçamentos locais.
Para mitigar futuros danos, Roca Sales deve realocar a cidade para áreas de 70 hectares e 150 hectares, destinadas ao novo centro e parque empresarial, respectivamente. A prefeitura seria responsável por desapropriar terrenos e providenciar infraestrutura com apoio dos governos estadual e federal, enquanto empresários e moradores construiriam novas instalações. A antiga área da cidade poderia ser transformada em uma zona de lazer ou parque, sem habitações permanentes.
Em Muçum, o prefeito Matheus Trojan revelou que 200 famílias já estavam em processo de transferência desde as enchentes de 2023. Agora, o deslocamento será ainda mais abrangente. Cerca de 40% da população do bairro Fátima e 60% do São José deverão ser realocadas.
Este processo deve ser lento e gradual, visto que exige muitos recursos e depende do entendimento dos moradores.
fonte: GZH
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