Joaçaba sediou na noite desta segunda-feira (13) a reunião pública sobre construção de uma ferrovia que passará pela cidade e por Campos Novos.
O Encontro Estadual foi articulado pelo vereador de Joaçaba, Diego Bairros (PL), junto à Secretaria de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias.
Na oportunidade houve a discussão e apresentação e do projeto, de construção da ferrovia, cuja iniciativa é liderada pelo governo do Estado de Santa Catarina.
As cidades de Joaçaba e de Campos Novos estariam no percurso de um dos trechos da futura ferrovia e justamente por isso, o vereador ressaltou a importância de discutir o tema junto com a comunidade e os segmentos diretamente impactados como agroindústrias e cooperativas, especialmente.
Em Joaçaba esteve presente o secretário de estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins. De Campos Novos participaram o Secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Fernando Buzzi, a Vereadora Celina Manfroi e o Prefeito, Gilmar Marco Pereira.
Em entrevista a imprensa na manhã de hoje a vereadora Celina, comentou o que foi discutido.
“Estive na Audiência a convite do Vereador Diego Bairros e lá pudemos saber um pouco mais dessa importante ferrovia que vai de Chapecó a Correia Pinto e passa, por Joaçaba e Campos Novos. O Beto Martins apontou alguns outros projetos e destacou esse trecho. Sabemos que há um problema sério de escoamento de produção, e também nisso se encaixa o transporte de equipamentos, máquinas, implementos e tudo que nós produzimos”.
Celina também destacou as dificuldades: “Nossa malha viária é deficitária, temos rodovias de tráfego simples e também levamos muito tempo para chegar ao destino, e isso precisa mudar. Precisamos de alternativas e essa ferrovia tem esse objetivo. Me pareceu que através dessa discussão, que o caminho esteja mais claro a um resultado. Segundo o secretário o projeto já está licitado e em execução. Importante destacar que ‘projeto’, abrange: a análise da viabilidade, custo para implantação, quais locais é viável o trajeto passar, o solo desses locais, as questões ambientais, e outras análises”.
A vereadora comenta que o secretário afirmou, que em 2025 todo esse projeto deve estar finalizado e a ideia é que isso seja discutido com a sociedade e que no próximo ano, seja realizado tanto a concessão para a construção, como também a de administração da ferrovia. Ela reforça que o valor citado para este trecho é de 2 Bilhões de Dólares para a construção.
“Outra coisa que foi esclarecida e concordada é que entendemos que a inciativa privada deve ter este retorno após investir, por muitos anos e que essa administre o trajeto. O objetivo é escoar a produção para que estes cheguem de forma mais facilitada aos portos. A audiência foi bem produtiva para esclarecer e que o avanço está bem desenvolvido e isso nos deu esperança para mais esse ‘sonho’”, finalizou.
O QUE DISSE O SECRETÁRIO
“Os projetos estão sendo desenvolvidos por empresas contratadas pelo Estado e a determinação do governador Jorginho Mello é para levarmos o tema para o conhecimento e o debate junto à população, especialmente nas regiões que melhor serão atendidas” afirma o secretário da SPAF, Beto Martins.
Atualmente Santa Catarina tem dois projetos em desenvolvimento. Um deles, de 319 quilômetros entre as cidades de Chapecó e Correia Pinto, e outro, de 62 quilômetros, entre Navegantes e Araquari. O investimento do Estado é de cerca de R$ 32 milhões. A previsão de conclusão é abril de 2025.
O projeto prevê um terminal de cargas em Joaçaba, o que coloca o município diante de perspectivas de oportunidades de negócios e desenvolvimento.
Durante a audiência pública, o secretário Martins fez relatos sobre o desenvolvimentos dos projetos, escolha dos traçados, que levou em conta a menor necessidade de túneis e obras de arte (pontes). O custo estimado da ferrovia entre Chapecó e Correia Pinto é de $ 2 bilhões de dólares.
O secretário também aproveitou a audiência pública para relatar sobre o trabalho de coleta de dados em campo, que está sendo realizado pelas empresas contratadas e a importância que a colaboração da comunidade tem nesta etapa.
“É um momento importante de todo o projeto. As sondagens determinam os tipos de solos, espessura, propriedades do solo em termos de resistência e nível do lençol freático e darão informações precisas para conclusão dos projetos”, completa Martins.
