Ex-Palmeiras, Marcinho aponta diferença entre técnicos brasileiros e portugueses


Marcinho

Marcinho comandando o Ituano (Miguel Schincariol/Ituano)

O Palmeiras de 2001 a 2014 viveu diversos momentos ruins, com dois rebaixamentos e poucas alegrias para os torcedores. Neste período, o Verdão até teve bons jogadores, mas que não conseguiram marcar o seu nome com títulos.

E um deles foi o meia-atacante Marcinho, que chegou no clube em 2005, vindo do São Caetano, depois de ter conquistado o Paulistão no ano anterior.

No Verdão, ficou até 2007, formando boas parcerias com Edmundo, Juninho Paulista e Valdivia. Marcinho era um dos grandes destaques do time neste período.

Aposentado desde 2015, ele teve a sua primeira experiência como treinador profissional à frente do Ituano, entre 2023 e 2024.

Antes disso, teve experiência como auxiliar técnico do Red Bull Bragantino, trabalhando com Barbieri e o português Pedro Caixinha.

Diferença dos treinadores brasileiros e portugueses

Atualmente sem clube, Marcinho esteve no “Podporco”, onde relembrou a sua carreira como jogador e principalmente a sua passagem pelo Palmeiras.

Durante o papo, Marcinho foi questionado sobre a diferença do treinador português e brasileiro. O ex-jogador trabalhou como auxiliar de ambos, além de ter enfrentado portugueses, como Abel Ferreira, por exemplo.

Então, na opinião dele, os portugueses estão na nossa frente, principalmente, na questão de planejamento e organização.

“Os novos treinadores brasileiros – e eu me incluo nessa, estão muito mais organizados hoje do que antigamente. Antigamente, ia decidir o que seria o treinamento já lá dentro de campo. Os portugueses eu vejo que são mais organizados em metodologias e processos. Eu trabalhei com o Caixinha e é impressionante o quanto ele sabe delegar. Eu cuidava do ataque e nós tínhamos reuniões que ele só delegava o que iríamos fazer. Quando você tem a confiança e sabe delegar, você faz com que os profissionais se desenvolvam e entregam o melhor”, opinou.

Na sequência, Marcinho entende que os treinadores brasileiros não têm esse perfil porque sempre foram mais desconfiados. E, por isso, acabaram criando uma cultura de ser mais centralizadores.

“Infelizmente, o treinador brasileiro é um treinador desconfiado. E isso veio lá de trás, de querer ser centralizador, de querer mandar em tudo. Então, às vezes tem essa dificuldade em saber delegar, de confiar, para que o trabalho possa fluir melhor. Essa é uma dificuldade que nós treinadores brasileiros temos e o europeu não tem.”

“Por isso que a comissão do Abel é grande, a do Caixinha também. Ele veio com três e só não veio com mais porque o Reed Bulll Bragantino já tem uma comissão interna. Mas, ele soube delegar. Antes dele se apresentar, ele já sabia tudo que ia acontecer na pré-temporada, a função de cada um… tivemos três reuniões que eu nunca vi aquilo”, contou.

O que o técnico brasileiro é melhor

Por fim, Marcinho destaca uma qualidade que, na opinião dele, os treinadores brasileiros estão à frente.

“Em planejamento eles (portugueses) estão muito à frente da gente. Mas, entendo que o treinador brasileiro é mais criativo. Ele pensa mais “fora da caixinha”. O estrangeiro acaba se engessando mais”, finalizou.

Veja o que ele disse na íntegra:

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Torcedores.com

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