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Diferentemente do que chegou a ser esperado por setores conservadores, não está no radar da Casa Branca impor sanções ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação foi confirmada por integrantes do governo norte-americano ao site Metrópoles. Segundo esses interlocutores, o prognóstico em Washington, após análise de pesquisas eleitorais, é que Lula deve ser derrotado nas eleições presidenciais de 2026, “talvez no primeiro turno”, independentemente do adversário.
Com base nessa leitura, a administração de Donald Trump tem optado por concentrar esforços em sanções direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sem incluir o Palácio do Planalto. A preocupação, segundo essas fontes, é que uma ofensiva direta contra Lula poderia surtir efeito contrário e fortalecer politicamente o petista, atraindo apoio de setores com os quais hoje ele não conta.
Diplomatas do Itamaraty têm atuado nos bastidores para evitar o agravamento da crise e tentar dissuadir Trump das sanções contra Moraes. O movimento ganhou intensidade após declaração do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, nesta quinta-feira (22), de que há “grande possibilidade” de o magistrado ser sancionado com base na Lei Magnitsky — dispositivo legal que permite aos EUA aplicar punições a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
A atuação do Ministério das Relações Exteriores permanece discreta, sem manifestações públicas condenando a fala de Rubio. Além de Moraes, o governo dos Estados Unidos avalia estender sanções a outras autoridades brasileiras envolvidas em decisões que resultaram na remoção de perfis de usuários e derrubada de redes sociais. Uma das plataformas afetadas, a Truth Social, é controlada pelo próprio Donald Trump e já ingressou com ação contra Moraes na Justiça americana.
No Supremo Tribunal Federal, ministros têm reiterado que pressões internacionais não afetarão a atuação da Corte.

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Fonte : Hora Brasilia