PT, que defende as urnas eletrônicas, opta por voto impresso em eleição interna

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O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que realizará sua próxima eleição interna exclusivamente com cédulas de papel, abandonando o plano inicial de utilizar urnas eletrônicas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (21), em reunião da Comissão Executiva Nacional, após negativas de tribunais regionais eleitorais em quatro estados e a ausência de resposta definitiva da Justiça Eleitoral sobre a cessão dos equipamentos.

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A eleição, marcada para o dia 6 de julho, definirá não apenas a nova presidência nacional da sigla, mas também os dirigentes locais em todo o país. Diante da recusa de Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco, que alegaram falta de segurança e problemas logísticos, o PT avaliou que um sistema híbrido — misturando urnas eletrônicas e papel — comprometeria a uniformidade do processo.

“Considerando a impossibilidade, junto à Justiça Eleitoral, da cessão das urnas eletrônicas para utilização em todo o território nacional, decide-se que o Processo de Eleições Diretas (PED 2025) será realizado exclusivamente por meio de voto em cédulas de papel”, diz a resolução do partido.

A decisão chama atenção pelo contraste com o histórico discurso do PT em defesa ferrenha das urnas eletrônicas, sobretudo diante de ataques de setores bolsonaristas que colocaram o sistema sob suspeita. Agora, a sigla — que integra o governo federal — recua ao modelo analógico, por não conseguir viabilizar apoio da mesma Justiça Eleitoral que sempre defendeu.

Apesar da tentativa de obter ajuda diretamente da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, a Corte delegou a decisão aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Com os vetos de parte dos estados e a dificuldade logística de operar dois modelos de votação, a direção nacional optou por uma solução única: voltar ao papel em todo o território.

A eleição deve ser marcada pela disputa entre dois nomes de peso da legenda:

  • Rui Falcão, deputado federal e ex-presidente nacional do partido, identificado com a ala mais tradicional;

  • Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e coordenador da campanha de Lula em 2022, com forte apoio no atual núcleo político do Planalto.

A atual presidente, Gleisi Hoffmann, deixou o cargo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais no governo Lula. Desde então, o senador Humberto Costa (PT-PE) ocupa o cargo de forma interina.

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Fonte : Hora Brasilia

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