Vacinação é ampliada na Paraíba

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O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), anunciou, ontem, a ampliação da vacinação contra a influenza para toda a população a partir dos seis meses de idade, a depender da disponibilidade de doses da vacina nos municípios. A medida leva em consideração a recomendação do Ministério da Saúde e visa proteger a população em geral, com o objetivo de reduzir a demanda por atendimentos ambulatoriais e internações provocadas pelo vírus da gripe em todo o estado.

De acordo com a chefe do Núcleo Estadual de Imunizações da SES, Márcia Mayara Fernandes, essa decisão acontece em um momento de sazonalidade do vírus da influenza A no território paraibano (período em que há uma circulação da gripe com mais intensidade e mais casos da doença).

“Embora nosso objetivo seja proteger também quem não estava contemplado nos grupos prioritários, principalmente nesta época sazonal, é fundamental continuarmos priorizando os grupos mais vulneráveis às complicações da doença, como crianças, idosos, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades”, explicou Márcia ao reforçar a importância da vacinação para o controle epidemiológico.

Desde o início da campanha de vacinação, em 31 de março, a Paraíba distribuiu 1.234.500 doses da vacina contra a gripe. Até o momento, 417.722 pessoas dos grupos prioritários receberam o imunizante. Quando considerados apenas os grupos com maior risco (crianças, gestantes e idosos), a cobertura está em 29,93%, com o total de 296.976 doses aplicadas (os dados foram extraídos em 20 de maio de 2025, às 7h50, e são passíveis de alteração).

João Pessoa terá pontos fixos e móveis de imunização

A vacina que protege contra influenza está disponível para toda a população a partir dos seis meses de idade, desde ontem, em todos os serviços da rede de saúde e nos pontos móveis em João Pessoa. A ampliação do público se fundamenta no benefício que a imunização pode proporcionar para a população não contemplada nos grupos prioritários, além de contribuir na redução dos atendimentos ambulatoriais, internações e agravamentos pela doença, durante o período de maior circulação do vírus.

Além das quatro policlínicas municipais que funcionam das 7h às 17h, a assistência preventiva por meio da vacinação também é oferecida no Centro de Imunização Municipal, na Torre, das 8h às 16h, e nas Unidades de Saúde da Família (USFs), das 7h às 11h e das 12h às 16h. Existem também três pontos móveis, localizados de forma estratégica, nos seguintes locais: Shopping Sul, Shopping Tambiá e Home Center Ferreira Costa, de segunda a sexta-feira, a partir das 12h, e aos sábados, das 8h às 16h.

A estratégia será mantida ao longo do ano, indo além das campanhas sazonais e se integrando ao Calendário Nacional de Vacinação para as crianças, as gestantes e os idosos com mais de 60 anos de idade. “A influenza é uma infecção respiratória aguda, podendo levar a complicações graves e ao óbito. Essa prevenção está disponível em todas as salas de vacinas. Pedimos que as pessoas se protejam. Esta é uma forma segura e pode evitar o agravamento pela doença, sobretudo aqueles que compõem os grupos mais vulneráveis”, destacou o secretário de Saúde de João Pessoa, Luis Ferreira.

A vacina contra a gripe, em 2025, passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de seis meses até menores de seis anos de idade, idosos com mais de 60 anos e gestantes. A novidade é que a vacinação estará disponível durante todo o ano nas salas de vacina. “Continuaremos fazendo busca ativa e com esforços para vacinar, principalmente os grupos prioritários, com busca ativa nos territórios, e garantir a maior proteção dessas pessoas”, completou o secretário de Saúde.

A proteção com a vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra o vírus da influenza, pois possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) tem recomendado a garantia da vacinação, assegurando alta cobertura vacinal, sobretudo em grupos de alto risco.

Dados

No Brasil, o cenário atual é marcado pela predominância do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças e pelo crescimento das infecções por influenza em idosos.

De acordo com o boletim da Fiocruz — Infogripe, divulgado em 8 de maio, no ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 50.090 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 22.235 (44,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 20.144 (40,2%) negativos e 4.537 (9,1%) aguardando resultado.

Dentre os casos positivos deste ano, observou-se 13% de influenza A, 1,5% de influenza B, 40,4% de vírus sincicial respiratório, 27,2% de rinovírus e 18,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 26,7% de influenza A, 0,7% de influenza B, 55,7% de vírus sincicial respiratório, 18,1% de rinovírus e 3% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Em relação aos óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 56,1% de influenza A, 1,6% de influenza B, 12,9% de vírus sincicial respiratório, 11,8% de rinovírus e 18% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Imunização

A vacinação é recomendada principalmente para as pessoas que integram o grupo prioritário, com maior risco para hospitalização e agravamento da doença. O imunizante contra a gripe é atualizado anualmente conforme orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e oferece proteção contra os vírus H1N1, H3N2 e B, podendo ser aplicado simultaneamente de forma segura e rápida com outras doses que integram o calendário básico de vacinação.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 20 de maio de 2025.

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A União

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