“De Mãos Dadas pela Liberdade” reúne mais de 70 pessoas no centro de Capinzal em apoio à Luta Antimanicomial

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no
último domingo, 18 de maio, reforça a resistência contra o preconceito e a
exclusão enfrentados por pessoas com sofrimento psíquico. A data simboliza a
defesa de um tratamento mais humano e digno, com base no cuidado em liberdade,
rompendo com a lógica dos antigos manicômios.

Como parte dessa mobilização, a Secretaria de
Assistência Social de Capinzal, por meio do Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS), promoveu o “1º Encontro: De Mãos Dadas pela Liberdade”, realizado no
calçadão da Rua Carmelo Zoccoli. O evento reuniu mais de 70 participantes,
incluindo servidores públicos, lideranças locais, representantes de entidades e
pacientes.

Em entrevista à Capinzal FM, a coordenadora do
CAPS, Mariana Viganó, destacou a importância da iniciativa, que teve como
objetivo conscientizar a população sobre o direito de todos à convivência
social e à quebra do preconceito ainda presente em relação às pessoas com
transtornos mentais ou dependência química.

Mariana informou que o CAPS de Capinzal atende,
mensalmente, cerca de 200 pacientes. Os atendimentos são realizados por meio de
consultas médicas, clínicas e psiquiátricas, em grupos ou de forma individual,
além de oficinas de artesanato, reuniões familiares e visitas domiciliares —
estas últimas direcionadas a pacientes que, por algum motivo, não conseguem se
deslocar até a unidade.

“A cada paciente recuperado, seja em casos de
dependência química ou de desestabilização psíquica, ver a pessoa bem nos
motiva profundamente. Ver também a participação expressiva no evento reforça a
sensação de que estamos no caminho certo”, enfatizou.

Mariana lamentou, no entanto, que o preconceito
ainda seja um entrave. Segundo ela, muitas pessoas deixam de procurar ajuda por
medo do julgamento social.

“Se você precisa de apoio, busque ajuda. Não espere
chegar a um ponto extremo. O CAPS conta com psicóloga, assistente social,
enfermeira, psicopedagoga, médico e o apoio da Secretaria de Saúde com outros
profissionais especializados”, finalizou.

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